Palmeiras quer menos poder a diretor e seguir reformulação traçada por Mano
Sem mais pretensões nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras mergulha em seu planejamento para 2020. Ontem, em pleno Allianz Parque, após a derrota por 3 a 1 para o Flamengo, o presidente do clube, Maurício Galiotte, anunciou as demissões do técnico Mano Menezes e do diretor executivo Alexandre Mattos, e mais mudanças pela frente. Afinal, no entanto, o que o mandatário alviverde quer?
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Galiotte agora busca no mercado um dirigente que terá um pouco menos de poder em suas mãos, e vai manter a o projeto de reformulação traçado pelo ex-treinador.
Mais do que pensar num nome, a ideia é pensar na nova filosofia, numa nova estrutura. Ela passa por um executivo que não tenha amplos poderes e se encaixe numa hierarquia. Devem ser estabelecidas diretrizes e metas claras a serem cumpridas. A avaliação do trabalho do executivo seria em cima dessas diretrizes e metas.
Um dos planos é aproveitar mais a base e fazer contratações certeiras. Investir mais em jogadores prontos, deixando espaço para preparar quem vem da base.
Não dá para dizer que Mattos tinha carta-branca no Palmeiras, mas era bem próximo disso. Há cinco anos no clube, ele participou da conquista de títulos importantes, como o do Brasileirão do ano passado. Desde o início desta temporada, o clube estudava colocar um chefe estatutário mais direto de Mattos, mas o processo não andou.
A ideia agora é contratar uma pessoa que seja profissional, passe pelo mercado, mas tenha que responder muito mais a um chefe do que era no caso de Mattos. O clube já sondou Thiago Scuro para o cargo. O CEO do Red Bull Bragantino sinalizou que pretende permanecer no interior do estado. Ele tem contrato com o time até 2023. Outros nomes cotados são os de Paulo Autuori, Paulo Pelaipe e Diego Cerri.
Em relação ao elenco, a reformulação planejada por Mano, com mais de 10 jogadores saindo, continua. Ontem, Galiotte deixou claro a intenção de ver diversos atletas serem negociados. Os nomes mais cotados são os de Fernando Prass, Edu Dracena, Antônio Carlos, Victor Luís, Thiago Santos, Bruno Henrique, Hyoran, Borja, Raphael Veiga, Carlos Eduardo, Henrique Dourado e Deyverson.
"Jogador para atuar no Palmeiras tem de ter qualidade, espírito de luta, e coragem. Essa mudança vai ocorrer também ao plantel e vamos começar uma nova etapa. Toda nova etapa demanda um período de adaptação. O planejamento já começou, já tivemos várias reuniões. Os meninos da base estarão no profissional, teremos mudança de filosofia, de planejamento", disse o presidente.
Quanto ao substituto de Mano, o mandatário deixou em aberto a possibilidade de seguir o caminho do Flamengo e buscar um profissional estrangeiro. O time carioca foi campeão com o português Jorge Jesus.
"Começamos a partir de amanhã algumas definições importantes e pensar em 2020. O futebol passa por mudanças e o Palmeiras tem de acompanhar essas mudanças. É nesse caminho e direção que vamos procurar as peças que entendemos ser as melhores para isso", falou o dirigente.
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