Caso Daniel: Defesa pede liberdade de Brittes com uso de tornozeleira
Resumo da notícia
- A defesa de Edison Brittes Júnior pediu que ele seja libertado
- A defesa justificou que o réu não atrapalharia o processo criminal
- Brittes confessou ter matado o jogador Daniel Correa em 2018
- Ele é o único acusado ainda preso. Outros 6 respondem em liberdade
A defesa de Edison Brittes Júnior, que assumiu ter assassinado o jogador Daniel Correa em outubro de 2018, pediu à Justiça que o réu seja libertado da prisão e que passe a ser monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica. O pedido foi feito ontem (02).
Edison Brittes Júnior está preso desde novembro de 2018 após confessar ter matado Daniel Correa, ex-jogador do São Paulo, após um 'after party' em sua casa na celebração do aniversário de 18 anos de Allana Brittes. Daniel foi espancado e degolado.
O advogado de Brittes e sua família, Claudio Dalledone Júnior, fez o pedido à juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais para a "conversão de custódia em medidas cautelares alternativas à prisão". No documento, a defesa cita a decisão da própria magistrada de revogar as prisões dos outros réus acusados de homicídio e que estavam com Brittes quando Daniel foi morto, David Vollero, Ygor King e Eduardo Henrique da Silva, em outubro.
"Fundamentado no encerramento da instrução com preservação plena da prova e na consequente atual ausência de razoabilidade da segregação pessoal imposta, o que autoriza um reexame da necessidade efetiva da prisão cautelar imposta a requerente, haja vista a evidente plausibilidade do feito criminal doravante ser resguardado por medidas menos gravosas do que a custódia preventiva", diz o documento.
Claudio Dalledone Júnior ressalta que o réu poderia fazer uso de tornozeleira fora da prisão, o que permitiria monitoramento constante de Brittes. O advogado ainda cita a grande repercussão do caso Daniel na mídia.
"A prisão (dita cautelar), nos moldes hoje vigente, claramente está sendo mantida como forma de potencial punição antecipada ou de castigo a ser aplicado pela pretensa autoria do fato principal narrado na denúncia, entretanto, a prisão não pode ter esta característica, pelo menos não nesta etapa do feito", escreve Dalledone.
O advogado ainda diz que a justificativa de que Brittes poderia atrapalhar o andamento do processo criminal não se aplica mais pela conclusão da audiência de instrução.
O processo está em fase de alegações finais após o término da audiência de instrução, quando foram ouvidas testemunhas de defesa, acusação e os próprios réus. Edison Brittes Júnior ficou calado na ocasião.
Agora, o Ministério Público terá de se manifestar sobre o pedido de liberdade de Edison Brittes Júnior. Apenas depois disso a juíza Luciani Regina Martins de Paula irá se posicionar sobre o pedido.
Claudio Dalledone Júnior também defende mulher e filha de Edison Brittes Júnior, também envolvidas no crime e acusadas de diferentes crimes. Cristiana Brittes e Allana Brittes respondem em liberdade assim como Evellyn Perusso e os outros três rapazes.
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