Gilberto fala em tom de despedida do Flu e vê Sul-Americana como "presente"
Gilberto foi o último jogador do Fluminense a deixar o Maracanã na quarta-feira (4), após insosso empate sem gols com o Fortaleza. A demora teve motivo: o lateral-direito até tentou disfarçar, mas falou do clube em tom de despedida. Com contrato de empréstimo até o fim da temporada, o jogador de 26 anos não fica no Tricolor em 2020.
"Não conversamos. Não depende só de mim, mas também dos clubes. Estávamos em um momento complicado e pedi aos meus empresários para focar no futebol, deixei tudo com eles, ainda bem que saímos dessa situação. Independente de ficar ou não, fica como agradecimento para a torcida, me apoiou muito em 2018 e nesses últimos jogos e quero dar esse presente", declarou.
O lateral, que pertence à Fiorentina, tem sondagens de outros clubes brasileiros e pode até voltar ao futebol italiano. Recentemente, em discurso no vestiário, admitiu aos companheiros que não ficaria no clube, mas que se doaria até o último jogo como forma de agradecimento. Com alguns problemas físicos nos últimos anos, Gilberto mostra muito carinho ao Flu, onde teve o melhor ano de sua carreira, em 2018.
"Independente da torcida pegar no meu pé, nunca me escondi, sempre busquei jogo. A gente brigou muito hoje no jogo, demonstramos raça, infelizmente erramos as finalizações, mas nosso objetivo é conseguir a vaga. As críticas nunca me abalaram, meu carinho pela torcida fica independente de onde eu jogar no ano que vem. Tenho muito mais gratidão do que qualquer outra coisa. Espero dar essa vaga na Sul-Americana para a torcida porque ela merece muito. Me sinto a vontade aqui. Sou carioca, criado aqui, minha família mora aqui. Tenho muito carinho pelo clube, é um lugar que gosto muito", disse.
Mas foi quando questionado sobre os salários atrasados que o jogador acabou "entregando" que não fica no clube para 2020. Gilberto elogiou o presidente Mario Bittencourt, mas admitiu que não estará no Fluminense para cobrá-lo. Antes do empate com o Fortaleza, os jogadores se reuniram com os dirigentes. Depois, decidiram não concentrar para o jogo de quarta-feira.
"O presidente prometeu quitar tudo depois da última rodada. É um cara de palavra, está se esforçando. A gente não vai estar mais aqui para cobrar, mas confiamos na palavra dele e espero que ele possa honrar com o que é o nosso direito. Fomos profissionais, trabalhamos muito, nunca demos problema, não fizemos nada de errado. Honramos sempre a instituição", admitiu.
O jogador não deve ser o único a deixar o clube. Outros atletas do elenco já sabem que não continuam para 2020, como Agenor, Airton, Brenner, Ewandro, Guilherme e Yony González. A "barca" ainda pode aumentar caso o Fluminense não consiga chegar a acordos para renovar os vínculos de Allan, Caio Henrique, Daniel, Digão e Nino. Quem ainda tem futuro indefinido é Wellington Nem, que se declarou mais uma vez ao seu time do coração.
"Tenho mais um ano e meio de contrato com o Shakhtar, mas minha vontade é de ficar, sempre. Aqui é minha casa", disse o camisa 18.
Com 43 pontos, o Fluminense ganhou uma posição e agora é o 14º, entrando na zona de classificação para a Copa Sul-Americana. O time depende só de si para voltar à competição internacional. O último jogo do Tricolor no Campeonato Brasileiro é contra o Corinthians, no domingo, às 16h, na Arena Corinthians.
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