Por que Diniz está perto de permanência no São Paulo e até Raí ganha fôlego
Resumo da notícia
- Raí e Fernando Diniz estavam bastante ameaçados até o jogo contra o Inter
- A vitória levou o São Paulo à fase de grupos da Libertadores e fôlego à dupla
- Diniz é quem tem a permanência mais próxima de ser concretizada
- O caso de Raí é mais delicado, mas ainda pode ser revertido
- Postura dos jogadores é fundamental nesse processo de manutenção
A classificação direta para a fase de grupos da Copa Libertadores da América pode interferir em um futuro bem próximo do São Paulo. A vitória sobre o Internacional ontem (4) deu moral para o técnico Fernando Diniz ser mantido e fôlego até para que Raí permaneça na diretoria de futebol, algo visto como improvável no início da semana. O comportamento dos jogadores é considerado decisivo nesse processo.
O discurso dos atletas em entrevistas e no vestiário, na presença de cartolas, deu muito respaldo a Diniz. No próprio departamento de futebol há um consenso de que o treinador deve ser mantido, já que o clube passou por muitos problemas recentes devido às constantes trocas de comando. O elenco endossou essa visão e não cansa de ressaltar como Diniz é cuidadoso e dedicado, além de ter métodos elogiados.
Só que ainda não é possível assegurar a continuidade do técnico e a política no Tricolor tem peso nisso. Há pressão de conselheiros — e também de torcedores — para que um novo técnico seja contratado. Além disso, como ganhou força a possibilidade de ver o conselheiro Carlos Belmonte no lugar de Raí, em manobra política, seria preciso esperar o novo homem forte do futebol traçar seus planos para 2020.
Até ontem antes do jogo contra o Inter, essa troca de Raí por Belmonte era dada como inevitável. A forma como a partida se desenrolou, a conquista da vaga direta e o comportamento dos atletas e da comissão técnica serviram de combustível para Raí reagir nessa concorrência. O problema é como lidar com os movimentos políticos que a ascensão de Belmonte beneficiaria, caso a gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva opte por desistir dessa troca.
Há uma tentativa de acomodar Raí e Belmonte juntos, mas essa discussão ainda é embrionária. A vantagem para Leco nesse cenário seria não gerar um impasse sobre a vaga de Belmonte como conselheiro, já que a partir de abril ele não poderia ter cargo remunerado sem abrir mão da cadeira que possui no órgão. E sem a cadeira não seria possível pleitear uma candidatura à presidência no fim de 2020.
Essas indefinições no futebol do São Paulo atrapalham o planejamento para a próxima temporada. A diretoria de futebol já precisa dar andamento a negociações de chegadas e saídas, mas sem a certeza da presença de Raí e Diniz isso caminha a passos lentos. Há também uma promessa de reformular o corpo de funcionários do CT da Barra Funda, algo que é usado como argumento para quem defende a troca de Raí por Belmonte.
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