Caso Daniel: Justiça nega liberdade a Edison Brittes mesmo com tornozeleira
Edison Brittes Júnior, que assumiu ter assassinado o jogador Daniel Correa em outubro de 2018, continuará preso. A juíza Luciani Regina Martins de Paula indeferiu hoje (06) o pedido da defesa do réu para que ele deixasse a prisão e passasse a usar tornozeleira eletrônica assim como outros três acusados de participação no crime. A magistrada citou que, se Juninho for solto, testemunhas do caso poderiam mudar seus depoimentos por medo.
Claudio Dalledone Júnior, que representa Brittes e seus familiares Cristiana e Allana, no processo da morte do jogador, havia entrado com pedido de revogação da prisão preventiva de Edison Brittes Júnior na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais no último dia 2 de dezembro alegando que o réu não prejudicaria mais o curso do processo e que seria facilmente monitorado através de tornozeleira eletrônica.
O advogado usou como exemplo os casos dos outros três réus que foram soltos em outubro nessa condição: David William Vollero, Ygor King e Eduardo Henrique da Silva. Todos eles estavam no Veloster preto que levou o jogador Daniel para a morte em 27 de outubro de 2018 após sessão de espancamento na casa da família Brittes.
Para a juíza Luciani Regina Martins de Paula, a situação de Brittes é diferente dos outros réus acusados de homicídio. Edison também responde por coação de testemunha. "Situação não se assemelha àquela dos corréus citados como paradigma, permanecem vigentes, revelando-se necessária a manutenção da sua custódia cautelar para resguardo da prova a ser levada à apreciação em eventual julgamento perante o Conselho de Sentença. Ao contrário do que sustenta a Defesa, os motivos (suposta coação a testemunhas e suposta alteração de provas) que ensejaram a manutenção da segregação provisória do réu são, sim, o bastante para respaldá-la", diz no documento que indeferi o pedido de revocação da prisão. O Ministério Público também se manifestou contra a soltura o acusado.
A magistrada ainda cita o medo de testemunhas em reação a Brittes. "As vítimas dos fatos de coação, que também são testemunhas oculares do delito mais grave - suposto delito de homicídio qualificado -, manifestaram grande temor do requerente, fato esse que poderá, sim, importar na modificação de seus depoimentos caso o réu seja solto, independentemente de estar com monitoração eletrônica ou não. Logo, conclui-se que o risco de interferência é concreto, e que a aplicação de medidas cautelares se revela insuficiente/ineficaz no caso em tela", conclui.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.