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Flamengo se vê refém do sucesso e teme avanço do mercado internacional

Jogadores do Flamengo comemoram gol de Arrascaeta contra o Avaí - Thiago Ribeiro/AGIF
Jogadores do Flamengo comemoram gol de Arrascaeta contra o Avaí Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/12/2019 04h00

O sucesso do Flamengo em campo gera receitas, interesse e visibilidade, mas também cobra. Ante os títulos do Brasileiro e Libertadores, o Rubro-Negro teme que o mercado internacional se volte com força para a Gávea.

Apesar de todo o poderio econômico, o Fla sabe que ainda não tem bala na agulha para competir com os europeus e teme um eventual desmonte da equipe campeã.

De todos os casos, Gabigol, embora não tenha os direitos econômicos vinculados aos cariocas, é quem tem saída mais iminente. Ainda que o Flamengo já tenha acenado para a Inter de Milão que pretende comprar 80% deste bolo, a saída do camisa 9 é considerada cada vez mais provável no clube.

"Não tem pressa, estamos tranquilos. Ainda temos o Mundial, a prioridade sempre será do Flamengo", despistou o artilheiro.

Se a situação do atacante não é das mais fáceis, o Rubro-Negro ainda tem de conviver com os holofotes sobre nomes como Rodrigo Caio, Gerson, Arão, Bruno Henrique e Arrascaeta. Embora não haja nenhuma negociação mais avançada sobre a mesa, há o temor real de que peças fundamentais sejam seduzidas por ofertas tentadoras de fora.

A favor dos cariocas pesam os contratos de longa duração e as altas multas, mas isso não deverá ser definitivo para a manutenção integral do melhor time brasileiro da temporada.

A incógnita também está no banco de reservas, já que Jorge Jesus não bateu o martelo sobre sua permanência. Com acordo até maio de 2020, o português não esconde de ninguém que gostaria de dirigir um grande do Velho Continente. O "fico" do Mister, no entanto, é tratado com mais otimismo no Fla.

Enquanto vive os últimos dias antes do embarque para o Mundial de Clubes, Jesus já dá pistas de que mudanças devem ocorrer no elenco que levantou três taças em 2019.

"Eu tenho uma máxima: time que se ganha, não se mexe. Penso ao contrário. Tem que mexer. O Flamengo não é perfeito. Não tem um plantel perfeito. O fato de este ano ter feito um percurso histórico, não quer dizer que não possa melhorar", indicou ele.

Com a cabeça em Doha, o time tem um último compromisso em solo brasileiro antes de viajar para a disputa do Mundial. Amanhã (8), a equipe encara o Santos, às 16h, na Vila Belmiro.