Risco de queda e histórico de brigas justificam alerta com jogo do Cruzeiro
Resumo da notícia
- Cruzeiro solicitou que partida contra o Palmeiras tivesse torcida única, mas teve seu pedido negado
- Confrontos entre as torcidas e brigas recentes entre cruzeirenses preocupam autoridades
- Segurança será reforçada para evitar que os problemas do último jogo em casa do Cruzeiro se repitam
- Esquema de segurança dentro e fora do Mineirão será semelhante ao aplicado nos clássicos mineiros
- Para não ser rebaixado, Cruzeiro precisa vencer o Palmeiras e torcer por uma derrota do Ceará
Faltando poucas horas para a decisão entre Cruzeiro e Palmeiras, que pode rebaixar o time celeste pela primeira vez à Série B do Brasileirão, aumenta a expectativa para que tudo ocorra bem dentro e fora do Mineirão. Por causa do histórico recente de confusões e da péssima fase da Raposa, muito se discutiu nos últimos dias sobre a possibilidade de realizar a partida com torcida única ou até no estádio Independência.
Mantida para o Mineirão e com a presença de palmeirenses, Ministério Público, Polícia Militar, Bombeiros e Minas Arena já preparam um esquema especial, semelhante ao aplicado nos clássicos contra o Atlético-MG, para manter a paz dentro e fora do campo, independente do resultado.
Na tarde de ontem (6), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou o pedido do Cruzeiro para realizar a partida apenas com torcedores mandantes no Mineirão. A solicitação partiu do clube mineiro e contou com o apoio da Polícia Militar e também do Ministério Público.
Uma das justificativas é que a PM tem tido bastante trabalho para conter brigas entre os próprios torcedores organizados do Cruzeiro, como aconteceu na derrota para o CSA, no Mineirão. Além disso, preocupa o fato de a maior organizada do Palmeiras ser uma torcida aliada à organizada do Atlético-MG, e que já tem um histórico de confrontos com cruzeirenses.
Antes de apoiar o pedido de torcida única, a Polícia Militar também chegou a recomendar que a diretoria do Cruzeiro mandasse a partida para o estádio Independência, o que foi rejeitado pela cúpula celeste. Em uma reunião na Federação Mineira de Futebol, as autoridades alegaram que a região da Pampulha receberá vários eventos simultâneos na tarde de amanhã (8), e que a estrutura desses eventos poderiam ser utilizados como armas por torcedores mal-intencionados.
Além da Feira do Mineirinho, realizada aos domingos, as proximidades do Mineirão também contarão com visitantes e participantes da Volta Internacional da Pampulha, que reunirá mais de 20 mil pessoas na parte da manhã. Horas após o evento, o Cruzeiro receberá o Palmeiras, e mais de 20 mil pessoas também já estão confirmadas para este compromisso.
Mesmo antes de sair a decisão do STJD, o Cruzeiro já havia tomado algumas providências para melhorar a segurança dos torcedores, dirigentes e jogadores. Uma delas foi a contratação de mais seguranças para fazer o acompanhamento de atletas e diretores antes e depois do jogo. A Minas Arena, administradora do estádio, também fará uma revista especial para evitar que rojões e sinalizadores entrem com os torcedores.
Para que jogadores não sejam atingidos por eventuais objetos arremessados em campo, como ocorrido recentemente, o clube também solicitou que o túnel inflável seja utilizado na entrada e saída dos jogadores, tanto no início e final do primeiro tempo quanto na entrada para o segundo tempo e saída para o fim do jogo.
Depois que perdeu para o Grêmio, o Cruzeiro voltou ontem para Belo Horizonte e desembarcou com forte aparato policial. Com um cordão de isolamento ampliado para evitar a aproximação de torcedores, o clube também optou por utilizar um ônibus descaracterizado para transportar o plantel.
Na tarde de hoje (7), o técnico Adilson Batista faz o único treinamento com os jogadores que irão começar a partida diante do Palmeiras. Abrindo a zona de rebaixamento com 36 pontos, a Raposa precisa fazer seu dever de casa e torcer para o Botafogo vencer o Ceará. Qualquer outro resultado determinará o descenso do Cruzeiro pela primeira vez em sua história.
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