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Cruzeiro vira o sétimo clube que Adilson não consegue ajudar contra a queda

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

08/12/2019 18h35

Ex-jogador do clube e em sua segunda passagem pelo Cruzeiro, o técnico Adilson Batista não evitou o pior. Com o resultado de hoje (8), o comandante viu a Raposa ser rebaixada pela primeira vez na história do Campeonato Brasileiro. O técnico assumiu o time há apenas dez dias e enfrentou uma maratona de três jogos no período, mas não conseguiu realizar a tarefa ingrata. Com pouca culpa, o treinador falhou pela sétima vez ao tentar manter uma equipe na elite nacional.

Antes de comandar o Cruzeiro entre 2008 e 2010, Adilson também viveu uma montanha-russa em outro clube com o qual é identificado. Chamado para salvar o Grêmio em 2003, ano do centenário tricolor, o técnico comandou o Tricolor em 19 compromissos naquele Brasileirão e conseguiu evitar o descenso. Porém, no ano seguinte, não deu mais sinais de melhora e acabou demitido antes do rebaixamento.

Após levantar dois estaduais com o Cruzeiro e chegar à final da Libertadores em 2009, Adilson passou a ficar marcado por trabalhos curtos, sem sucesso e que terminaram no descenso de outras equipes. Em 2011, deixou o Athletico Paranaense após cinco derrotas e um empate. No ano seguinte, mal comandou o Atlético-GO no Brasileirão, já que acabou demitido porque sua permanência ficou insustentável após eliminações na Copa do Brasil e no estadual. Em 2013, comandou o Vasco e, desta vez, caiu junto com o time, após assumir faltando pouco mais de um mês para o fim da temporada.

Na temporada 2015, o cenário ruim também cercou Adilson no comando do Joinville. O treinador recebeu a dura tarefa de tentar evitar a queda do time catarinense, mas sequer tirou o time da lanterna e se despediu após dez jogos. Por fim, seu último trabalho que terminaria com rebaixamento aconteceu no América-MG. Em 2018, o Coelho lutou até a última rodada para permanecer na elite, mas já não contava com o técnico, que deixou o cargo após conseguir somente três vitórias em 18 partidas.

Apesar de experimentar o gosto amargo da queda mais uma vez, Adilson tem tudo para continuar no Cruzeiro e preparar a reformulação do elenco que disputará a Série B de 2020. Às vésperas do centenário do clube, que será comemorado em 2021, o técnico será um dos responsáveis por resgatar os dias de glória da instituição que ele mesmo ajudou a construir como jogador e comandante.

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