Grupo quer ampliar torcida do Bahia com camisa LGBT: "Viemos para ficar"
As redes sociais foram inundadas hoje com imagens de uma camisa arco-íris com o escudo do Bahia. A peça não está sendo produzida oficialmente pelo clube e não será usada pelos atletas, mas a torcida "LGBTricolor" quer ir adiante com a iniciativa e colocar o modelo à venda ainda em 2019.
"A nossa ação é de inclusão, de ampliação de horizontes de diálogo do futebol, inclusão de pessoas que estavam distantes. Nós viemos para ficar, de uma vez por todas. Vamos ocupar os estádios e os espaços do futebol. Queremos contar com o apoio de todos e todas. Nossas ações sempre serão de inclusão, nunca de exclusão de qualquer grupo", disse Onã Rudá, estudante de Jornalismo, ao UOL.
Em contato com a reportagem, o Bahia reiterou seu apoio pela luta LGBT e destacou a existência do Núcleo de Ações Afirmativas, que, desde janeiro do ano passado, tem lançado campanhas sociais com o objetivo de acolher minorias; dentre as ações já realizadas, houve, inclusive, uma camiseta oficial dedicada ao combate da LGBTFobia. "Não há impedimento", dizia a peça.
O sentimento destes torcedores LGBT é de que o Tricolor, com suas chamadas "ações afirmativas", abriu os braços para recebê-los. "Eu, que sou Bahia desde pequeno, estava distante do clube por causa deste ambiente. Eu me tornei sócio, movimentei a criação da torcida e comuniquei a diretoria. As pessoas têm se sentido cada vez mais parte do Bahia", contou Onã.
Desta vez, porém, o Bahia não tem vínculo com a iniciativa da torcida "LGBTricolor". Ao ser questionado sobre como se dará esta "aventura" para lançar a camisa, o fundador do grupo deu risada e confirmou: "É uma aventura mesmo". Embora o clube não ofereça obstáculos para barrar a ideia, o desejo de usar a marca oficial do Bahia resulta em uma missão difícil.
Mas o grupo pretende abrir a pré-venda ainda em 2019, e um design quase definitivo da camisa pode ser apresentado já nos próximos dias. Por enquanto, as primeiras imagens que circulam pela internet atraem o público LGBT e apoiadores do movimento - muitas destas pessoas nem mesmo acompanham futebol, mas se encantaram pela ideia. A ideia é que, assim, possam surgir novos torcedores apaixonados pelo Bahia.
"A repercussão da camisa hoje foi incrível. Nós vamos seguir com muita boa fé, muita boa vontade de mudar o ambiente do futebol. Viemos para ficar. A gente entende que as torcidas organizadas têm a sua história, e nós não queremos confrontá-lo, pelo contrário. A gente quer trabalhar junto pelo Bahia. A gente quer atrair um público que se torne sócio e invista no clube. A nossa ação pode ampliar os horizontes do Bahia e ajudar o Bahia", concluiu o torcedor.
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