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Em disputa, Santos e Palmeiras esperam redução de cifras de Sampaoli

Jorge Sampaoli, técnico do Santos, durante o clássico contra o Corinthians - Daniel Vorley/AGIF
Jorge Sampaoli, técnico do Santos, durante o clássico contra o Corinthians Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Danilo Lavieri e Eder Traskini

Do UOL, em São Paulo e em Santos

10/12/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Palmeiras e Santos terão mais uma terça-feira de espera para entenderem se contarão ou não com Jorge Sampaoli em 2020
  • Sampaoli não imagina que o Santos consiga solucionar os problemas e apresentar um projeto a altura do que ele quer para ficar no Peixe
  • O argentino pediu um investimento de cerca de R$ 100 milhões em reforços, montando uma equipe com dois atletas de nível em cada posição
  • O Palmeiras acompanha ao noticiário de longe e estuda uma contraproposta para apresentar no próximo encontro

Palmeiras e Santos terão mais uma terça-feira de espera para entenderem se poderão contar ou não com Jorge Sampaoli em 2020. O treinador se reuniu ontem com o presidente José Carlos Peres e agora aguarda a resposta para suas exigências. O curioso é que os rivais paulistas, cada um ao seu jeito, também esperam que o treinador reduza o valor pedido em ambas as frentes de negociação abertas.

Com a situação financeira que foi apresentada a ele ao longo dos últimos meses e, principalmente, na reunião de ontem, Sampaoli não imagina que o Santos consiga solucionar os problemas e apresentar um projeto à altura do que ele quer para ficar no Peixe.

O argentino pediu um investimento de cerca de R$ 100 milhões em reforços no mercado da bola, montando uma equipe com dois atletas de nível em cada posição, para que seja possível vencer a Copa Libertadores da América. O Comitê de Gestão do Santos deve se reunir amanhã (11) para tentar encontrar uma forma de ao menos se aproximar dos pedidos de Jorge Sampaoli.

Outro fator que pesa contra a permanência é a relação conturbada entre o treinador e o presidente José Carlos Peres. Relatos dão conta de que a reunião de ontem entre os dois foi tensa. Sampaoli não acredita em promessas do presidente Peres e, até por isso, tem resistência a aceitar um projeto oferecido por ele, por medo de que não se cumpra.

Internamente, a diretoria santista vê a pedida exagerada e acredita ser possível entregar o time que o argentino quer com menor investimento. Uma contraproposta nesse sentido deve ser apresentada ao treinador nos próximos dias.

O Peixe deposita as esperanças também no extracampo, com o casamento perfeito entre Sampaoli e a cidade de Santos, além da estabilidade garantida que o argentino tem comandando o clube da Vila Belmiro.

Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, quer Sampaoli
Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Palmeiras quer diminuir pedida inicial

O Palmeiras acompanha ao noticiário de longe e estuda uma contraproposta para apresentar na próxima reunião. A ideia é marcar um primeiro encontro pessoal com o treinador depois do desfecho da negociação dele com a equipe da Vila Belmiro. Além do acerto financeiro, o técnico gostaria de conhecer o projeto esportivo para a temporada.

O Alviverde já tem na mesa o primeiro pedido de Jorge Sampaoli, apresentado na quinta-feira por dois intermediários que conversam com o clube. André Cury, empresário brasileiro, e Daniele Monti, agente italiano, informaram que o argentino pediu 4,5 milhões de euros livres por ano que serão divididos entre ele e os membros de sua comissão.

Isso significa quase R$ 21 milhões sem considerar os impostos por ano. A maior parte dessa quantia ficaria com o treinador, e o restante, dividido entre pelo menos cinco funcionários. Sampaoli ainda pediu dois anos de contrato.

O Alviverde considerou a proposta cara desde o primeiro momento, mas mantém a opinião que o treinador é o nome ideal para assumir o projeto de 2020. Em comum, fica o desejo tanto do clube quanto de Sampaoli de ter condições de brigar pelo título da Libertadores.

Os diretores do Palmeiras já chegaram a trabalhar em nomes alternativos, mas não há um só escolhido como o plano B. Além do treinador, os palmeirenses precisam de um novo diretor. Para esse cargo, Diego Cerri pode ser anunciado ainda hoje.