Antônio Carlos sobre treinar o Palmeiras: "Foi uma sacanagem comigo"
Resumo da notícia
- Em longa entrevista ao UOL Esporte, Antonio Carlos contou como errou ao aceitar o clube em 2020
- "Eu fiquei sabendo que eles já tinham contatado o Felipão antes de me contratarem. Então, acho que foi uma sacanagem comigo"
- Ele diz que um episódio no Rio, envolvendo o atacante Robert, serviu como pretexto para sua demissão
- Ele diz que repreendeu o jogador por atraso, mas a imprensa noticiou que aconteceu uma dicussão acalorada. "Foi uma das maiores invenções no futebol"
Em entrevista ao UOL Esporte, o ex-zagueiro Antônio Carlos contou os motivos que levaram a sua saída do Palmeiras em 2010, quando foi contratado para ser técnico do Palmeiras após uma passagem de sucesso pelo São Caetano. Ele durou apenas três meses no cargo e foi substituído por Luiz Felipe Scolari.
"Se fosse hoje, não teria aceitado. Até pelo momento que vivia o clube e pela pouca experiência que eu tinha naquela oportunidade. Tudo é aprendizado, tudo é lição de vida. Você tem que ir sempre procurando tirar as coisas boas e foi isso que eu fiz a minha vida inteira".
- Leia a entrevista completa de Antônio Carlos, em que ele fala mais sobre Edmundo, as tretas daquele Palmeiras, a briga com Diego Simeone e como é trabalhar no Red Bull Bragantino, o time mais intrigante do futebol brasileiro atualmente.
"Eu fiquei sabendo que eles já tinham contatado o Felipão antes de me contratarem. Então, acho que foi uma sacanagem comigo, que tem uma história linda dentro do Palmeiras. Foi feito por pessoas que eu conhecia desde a minha época de jogador. Foi um negócio chato".
"Não é que foi uma facada. Acho que foi um modo de dizer, mas eu fiquei chateado com tudo aquilo que aconteceu, até porque você não faz esse tipo de coisas com pessoas que estão marcadas na história do clube", analisou.
Na ocasião, chegou a ser noticiado que Zago foi demitido por conta de uma suposta briga com o atacante Robert, que defendia o alviverde. "Do Robert, nós estávamos no Rio, empatamos 0 a 0 com o Vasco. Aí, o pessoal da igreja pediu pra voltar pra São Paulo logo após o jogo. Eles compraram passagem, tinha um culto lá em São Paulo. Não tinha lugar no voo pra voltarmos todos. O pessoal da igreja, cinco, seis jogadores, pediu pra voltar e eu liberei, não tinha problema. Aqueles que ficaram pediram pra sair e eu liberei, até porque nós tínhamos jogo só no final de semana seguinte".
Nesse dia, porém, alguns atletas atrasaram. "Eles tinham que chegar um horário, não chegaram e eu fui falar com o Robert e com mais... não lembro quem era o outro jogador. Aí, o Robert, verbalmente, quis falar alguma coisa, falou: 'ah, mas você liberou os outros pra ir pra São Paulo e não me liberou'. Eu cortei por ali o assunto. Saiu na imprensa que eu tinha discutido com ele. Quem falou isso foi o Sérgio do Prado, tá no Guarani hoje. Foi uma das maiores invenções que tiveram no futebol. A gente não tem o que esconder daquilo que aconteceu quando a gente foi jogador e quando foi treinador também. Foi tudo mentira. Tudo, talvez, alguma coisa armada pra que o Palmeiras me mandasse embora depois".
A lembrança de Sérgio do Prado é um pouco diferente sobre o que aconteceu. O atual técnico do Guarani conta a seguir a sua versão da história. "A diretoria de futebol queria segurar ele o Dr. Cipullo [Gilberto Cipullo], que era o homem forte do futebol, ele não queria mandar ele embora de jeito nenhum. Foi o Beluzzo quem mandou e ele saiu, e ficou escancarando que eu vazei para a imprensa. Não é verdade, a verdade é que não teve briga entre ele e o Robert. E não foi por causa da briga que ele foi mandado embora do Palmeiras. Ele foi mandado embora porque o Robert foi xingando ele do hotel em Copacabana até o aeroporto e ele não reagiu. O Robert estava alterado, visivelmente alterado. A verdade é curta. Eu não vazei para a imprensa nada, isso é uma grande idiotice, pode pôr essa palavra: ele foi mandado embora do Palmeiras, sim, através de mim, sim, pelo Dr. Belluzzo, sim, porque ele foi xingado do hotel até ao aeroporto e não reagiu."
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