Ele superou Thiago Neves como ícone saudita e quer 'atrapalhar' o Flamengo
Rosto não muito conhecido no futebol brasileiro, o meia Carlos Eduardo construiu praticamente toda sua trajetória fora do país. Após passagens para o Ituano e Fluminense, rumou para o Velho Continente e atualmente defende o Al-Hilal (SAU), possível rival do Flamengo na semifinal do Mundial de Clubes —o time saudita encara o Espérance, da Tunísia, pelas quartas de final, no próximo sábado (14).
No futebol europeu, o jogador de 30 anos vestiu as camisas de Estoril (POR), Porto (POR) e Nice (FRA). Pelo clube francês, marcou cinco vezes na goleada por 7 a 2 sobre o Guingamp e chamou a atenção dos compatriotas. Apesar da carreira sólida em outros locais, o paulista admite que não tem tanto cartaz assim no país natal. Contra o Fla em um possível duelo, ele entende que pode dar um importante cartão de visitas.
"Eu construí minha carreira fora do Brasil mesmo, mas creio que de maneira bem sólida. Apesar de não ser conhecido no Brasil, eu vejo que já tenho uma boa trajetória aí. Mas, claro, se acontecer a possibilidade de atuar contra o Flamengo será muito bacana para poder mostrar ainda mais o meu trabalho também para os brasileiros", disse ele a UOL Esporte.
Em sua quinta temporada pelo clube saudita, Carlos se consolida como um dos principais ídolos do torcedor. Recentemente, bateu Thiago Neves e se tornou o jogador estrangeiro com mais gols em toda a história do clube, com 76 bolas na rede.
Na Arábia Saudita, o atleta teve a oportunidade de ser treinado por Jorge Jesus, mas lamentou a curta duração do relacionamento do português com os sauditas. Apesar do curto intervalo, o meia aponta as qualidades do Mister:
"No pouco tempo que trabalhamos juntos, eu via realmente um cara muito profissional, que gosta muito do dia a dia, do trabalho intenso. Creio que todo o sucesso que ele fez no Flamengo aí mostra um pouco disso."
O comandante rubro-negro tem falado das qualidades do adversário desde que o Rubro-Negro carimbou seu passaporte para o Qatar. Assim como o profissional, Carlos Eduardo crê que há espaço para uma "zebra" neste encontro que vale vaga na final.
"Sobre favoritismo, acho que não existe. Tenho dito muito que todas as equipes que estão no Mundial são campeãs, então, todas têm condições de fazer um grande trabalho e brigar por esse título", garantiu ele.
Em seu jogo de maior visibilidade nacional desde que começou a despontar no mundo da bola, ele espera deixar uma boa impressão para seus compatriotas. Salvo a "Nação", a torcida será grande para que ele se destaque.
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