Em TV, Landim fala sobre permanência de Gabigol no Fla: "Vai depender dele"
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou que o clube já tem um pré-acordo com a Inter de Milão na negociação do passe de Gagibol, emprestado à equipe carioca pelo clube italiano. O mandatário deu detalhes sobre questões de bastidores do clube em entrevista ao SporTV, veiculada na tarde de hoje.
"O Flamengo já evoluiu muito a negociação com a Inter, temos um pré-acordo em relação ao valor do passe do Gabigol. A gente precisa ainda conversar com o Gabigol e acertar as bases para a vinda dele pro Flamengo. Voltaremos a conversar sobre o assunto só até o fim da temporada, mas nossa temporada se estendeu um pouco mais. Teremos um prazo curto, mas a gente entende isso", declarou.
Landim teceu elogios ao atacante, que apontou como detentor de "uma autoestima grande" que serve de motivação para os bons resultados em campo. "Quero que ele ajude o Flamengo", observou. Ele também observou que, apesar das tratativas com a Inter, a resposta final caberá ao atleta.
"Vai depender dele, e a gente ainda não conversou com ele", disse.
O mesmo se aplica à permanência do técnico Jorge Jesus, com quem o mandatário pretende conversar apenas após o Mundial de Clubes.
Questionado sobre reforços para 2020, Landim descartou a vinda de Neymar para o clube na próxima temporada: "Se a gente for ver a remuneração do Neymar, e ele merece, trabalha bem por isso, é um jogador fora de serie, top três do mundo... Ele atingiu um nível que, ainda, o Flamengo não teria condição de pagar hoje."
Questões com Bandeira de Mello e contas em dia
Landim também comentou a respeito das divergências com o ex-presidente do Fla, Eduardo Bandeira de Mello, a quem acusou de "falta de cumprimento de compromisso político". Para ele, a forma como o clube foi administrado levou a um jejum de títulos que só foi quebrado este ano.
"A gente saiu da administração nos últimos três anos subsequentes quando entendíamos que o Flamengo tinha uma capacidade de investimento maior. A gente entende que a gestão não foi boa. Muitos jogadores que não tinham condição nem física nem técnica de jogar no Flamengo estavam ali, e o que a gente acabou vendo foram os resultados que a gente teve."
Sobre o orçamento utilizado durante o ano, o mandatário disse que os valores são em torno de R$ 280 milhões, incluindo dívidas a serem quitadas a longo prazo. Ele ressaltou "o risco" de comprar jogadores que pudessem vender no mesmo valor, dividindo o custo do passe por dois ou três anos, e destacou os ganhos do clube.
"O Flamengo teve aumento de receitas de bilheteria, tivemos estádios cheios, aumento de receitas de sócios-torcedores, que foi bastante grande, aumento de receitas de patrocínios e o que a gente vem recebendo de premiação pelas conquistas. Conseguimos transformar o ciclo vicioso do passado e tivemos sucesso", afirmou.
Tragédia no Ninho do Urubu
O presidente do Fla também tratou brevemente a respeito das indenizações às famílias dos jovens jogadores que foram vítimas de um incêndio, em fevereiro, no alojamento da base.
Com críticas de torcedores ao clube pela suposta falta de pagamento aos familiares, Landim declarou que o clube se colocou à disposição para ajudar, desde o início, e que não tem relação com as estratégias entre parentes e advogados.
"Indenizamos três famílias e meia. O Flamengo continua pagando, desde o primeiro momento, uma bolsa de seis a dez vezes maior do que pagávamos aos meninos dessa idade. A gente sabe que isso não vai trazer os meninos de volta, mas a gente tenta chegar a um acordo sobre isso, queremos nos aproximar das famílias", disse.
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