Prass 'esperava' saída do Palmeiras e não se surpreende com chegada de Luxa

Convidado do Jogo Aberto, programa da Bandeirantes, desta terça-feira, o goleiro Fernando Prass voltou a falar sobre o fim de seu vínculo com o Palmeiras. Incomodado com a forma com que sua saída foi conduzida pela diretoria alviverde, o arqueiro afirmou que esperava a não-renovação de seu contrato.

"Eu, sinceramente, esperava. Eu tenho sete anos de clube, não sou inexperiente, então, têm coisas que a gente sente no ar, a gente cheira as coisas do clube. Tinham algumas situações que me levavam a crer que poderia ser esse o resultado no final do ano", disse Prass, que também falou sobre o vínculo do alviverde com Jailson:

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"O presidente me chamou na sexta-feira à tarde e falou. Já tinha tido uma conversa com o Mano (Menezes) antes, e com o próprio Alexandre (Mattos). O Mano foi quem me disse que, pelo planejamento que eles estavam fazendo com o clube, ou eu ou o Jailson, por sermos os mais velhos, teria que sair. Na reunião que eu tive com o presidente, ele me comunicou isso, que o Jailson tinha o contrato para o ano que vem, e como eu não tinha, se optou pela minha saída".

"Você sabia deste contrato do Jailson antes?", questionou a apresentadora Renata Fan.

"Não. Fiquei sabendo uns dois meses antes do final do ano", respondeu o goleiro campeão da Copa do Brasil e bi brasileiro pelo alviverde.

"Vou te falar, o futebol, às vezes, dá nojo", observou Denílson.

"Primeiro, queria esclarecer em relação ao Jailson. O Jailson não tem nada a ver com isso, cada um assina o seu contrato. Só a maneira como a diretoria fez essa parte contratual que foi meio complicado", ressaltou Prass.

Chegada de Luxemburgo

Mesmo fora do Palmeiras, Prass falou sobre o novo técnico alviverde. Destacando a 'situação ideal' que Vanderlei Luxemburgo encontrará em sua quinta passagem pelo clube, o goleiro afirmou não ter se surpreendido com a escolha da diretoria, que, a principio, tentou contratar Jorge Sampaoli.

"Não me surpreendeu, pela história que ele tem no clube e pelo conhecimento que ele tem. Os jogadores que eu conheço e trabalharam com ele sempre falaram muito bem da parte tática do Luxemburgo. No Palmeiras, ele vai ter uma situação ideal para trabalhar: estrutura, jogadores, organização. Não sei quais os nomes que estavam em pauta, mas não me surpreendeu o nome dele", disse.

Já sobre as saídas de Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari, seus últimos técnicos no Palmeiras, o arqueiro lamentou a demissão do campeão brasileiro de 2018, em setembro deste ano, após derrota para o Flamengo.

"Eu acho que principalmente os dois últimos, o Felipão e o Mano. Com o Felipão, a gente foi campeão brasileiro, 33 jogos invictos, fizemos uma primeira fase da Libertadores boa e, depois da parada da Copa América, a gente teve um mês de instabilidade e decidiu-se pela troca. Aí veio o Mano, e acabou sendo trocado também. Mas, acho que principalmente o Felipão, pela história que ele tem. (...) Por tudo que representa o Felipão, e pelo trabalho que ele vinha fazendo, acho que foi o que causou mais surpresa", opinou.