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Mundial de Clubes - 2019

Torcida multicultural do Liverpool em Doha reafirma força global do clube

Torcedores egípcios do Liverpool chegam para a semifinal do Mundial de Clubes, no Estádio Internacional Khalifa - Leo Burlá / UOL
Torcedores egípcios do Liverpool chegam para a semifinal do Mundial de Clubes, no Estádio Internacional Khalifa Imagem: Leo Burlá / UOL

Leo Burlá

Do UOL, em Doha (Qatar)

19/12/2019 04h00

Vitória em campo, soberania fora dele. Classificado para encarar o Flamengo na decisão do Mundial de Clubes, o Liverpool, ainda que não tenha o troféu intercontinental como sua prioridade máxima, reafirma o seu poderio global no Qatar.

O Estádio Khalifa, em Doha, representou uma espécie de mosaico multicultural que representa a abrangência do clube inglês. Havia ingleses por lá? Claro que sim. Mas o público majoritário do jogo ante o Monterrey (MEX) era de gente de outros cantos do planeta. Diferentes entre si, mas unidos pelas mesmas cores,

Sunny, de Hong Kong, veio com o filho para o Oriente Médio apenas para acompanhar o clube do coração. E essa não é a primeira vez que ele voa para estar perto de Salah e companhia.

Sunny, de Hong Kong, e seu filho, vieram para Doha ver o Liverpool  - Leo Burlá / UOL - Leo Burlá / UOL
Sunny, de Hong Kong, e seu filho, vieram para Doha ver o Liverpool
Imagem: Leo Burlá / UOL

"Acompanho sempre que posso. Vim para o Qatar especialmente para o Mundial e já fui para a Inglaterra três vezes ver jogos. Mané e Salah valem o esforço", disse Sunnny.

O egípcio, aliás, confirma no país-sede do Mundial todo o seu cartaz, especialmente entre seus compatriotas e torcedores que vêm de outras nações árabes. A devoção é tamanha que os irmãos egípcios Moataz e Nasser têm uma queda pela Juventus (ITA), mas viraram a casaca pelo ídolo. Vestidos a caráter, eles vibram com a fama do filho ilustre da terra.

"É claro que estou aqui por ele. Gosto da Juventus, mas não tem como não torcer para o Liverpool", garantiu Nasser.

Moataz e Nasser, do Egito, marcaram presença. Eles trocaram a Juventus pelo Liverpool - Leo Burlá / UOL - Leo Burlá / UOL
Moataz e Nasser, do Egito, marcaram presença. Eles trocaram a Juventus pelo Liverpool
Imagem: Leo Burlá / UOL

O atacante foi tratado como um "faraó" no Estádio Khalifa. A cada toque na bola, gritos. A cada participação no jogo, um canto de "Salah, Salah, Salah" ecoava pela arquibancada.

Em meio a asiáticos e africanos, os ingleses Michael Fads e Nisar Ahmed era quase que uma minoria. Ainda que more na Inglaterra, Fads, de certa forma, é outro exemplar da força dos campeões europeus.

"Eu moro em Londres, nasci na cidade errada. Não tem essa de Arsenal ou Chelsea, sou Liverpool", brincou ele.

Amigos ingleses Michael e Nisar formaram uma minoria de britânicos no Khalifa - Leo Burlá / UOL - Leo Burlá / UOL
Amigos ingleses Michael e Nisar formaram uma minoria de britânicos no Khalifa
Imagem: Leo Burlá / UOL

No sábado (21), os Reds encaram o Flamengo na finalíssima, às 14h30 (de Brasília), no Estádio Khalifa. Disposto a se tornar um fenômeno que ultrapassa as fronteiras, os rubro-negros, que estarão representados por milhares de brasileiros que vieram para o Oriente Médio, têm o que aprender com o adversário.