Santos vive dilema sobre Cueva: fazer negócio ou dar segunda chance?
Resumo da notícia
- Santos paga primeira parcela do total de R$ 26 milhões por Cueva em 2020
- Meia está no mercado, mas nenhum clube fez proposta de compra até agora
- Peixe não descarta empréstimo, mas quer se livrar do salário de R$ 500 mil
- Impasse faz o clube cogitar a utilização de Cueva com Jesualdo Ferreira
- Ele soma 17 jogos, sem gols ou assistências, e terá contrato até fim de 2022
Indicado pelo técnico Jorge Sampaoli, Cueva foi contratado em fevereiro como solução para o meio-campo do Santos. Desde então, ele jogou só 17 partidas, não fez gol e nem deu assistência e chamou mais atenção pela parte extracampo do que pelo rendimento com a camisa 8. A partir de 2020, o clube tem que pagar a primeira de três parcelas que somam R$ 26 milhões pela compra do peruano, como acertado com o Krasnodar-RUS.
Daí nasce o principal dilema que o clube enfrenta hoje no mercado da bola: compor um negócio com algum dos vários interessados para que o prejuízo financeiro não seja tão grande ou então mantê-lo no elenco em 2020 em uma espécie de segunda chance na esperança de que ele vingue sob o comando do novo técnico Jesualdo Ferreira, mirando ganho técnico e futuro ganho financeiro? O Santos está dividido.
Não faltam interessados em Cueva. Apesar do ano ruim pelo Santos, o meia de 28 anos é valorizado no mercado latino-americano. Clubes do México já demonstraram interesse, assim como o Rosario Central-ARG e o Emelec-EQU. O grande problema é que nenhum deles assumirá a dívida do Santos. Em outras palavras, nenhuma oferta apresentada até agora é de compra.
O Santos ainda não descartou o empréstimo, que ajudaria a diminuir a folha salarial mensal em R$ 500 mil e daria alívio neste momento de crise financeira. Mas aí aparece outra dificuldade: todos os clubes que manifestaram interesse até o momento esperam que o Peixe pague uma parte do salário, que é alto. Essa alternativa não agrada à diretoria, que já considera a utilização de Cueva em 2020.
O presidente José Carlos Peres diz admirar o futebol do meia e conta a pessoas próximas que acha possível que ele embale e repita o desempenho do início da passagem pelo São Paulo, por exemplo. Ainda mais porque o time terá novo técnico. É notório que Cueva e Sampaoli não tinham bom relacionamento. Em entrevista à rádio "Ovación" na última semana, o peruano disse que não jogava por decisão pessoal do argentino e que "suportou coisas" ao longo do ano. É de seu interesse mudar a primeira impressão deixada na Vila Belmiro.
Mas Cueva terá trabalho. Evandro, contratado em junho justamente porque Cueva deu errado, jogou 18 partidas, uma a mais que o peruano, e contribuiu com um gol e cinco assistências. Ele terminou o ano como titular, e o camisa 8 precisa, além de mostrar condição de jogar, superar problemas extracampo, como atrasos em treinos e apresentações que geraram dois afastamentos e uma suspensão provocada por envolvimento em briga em casa noturna da cidade.
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