Imagem de rico atrapalha atuação do Palmeiras no mercado da bola para 2020
O Palmeiras tem enfrentado dificuldades para reformular o elenco. Além da redução drástica na previsão de orçamento para 2020, o Alviverde tem de lidar com altas pedidas de outros clubes na hora de negociar, fruto da imagem de rico construída até a última temporada, quando chegou ao quarto ano seguido como protagonista do mercado da bola.
Assim como já acontecia nos últimos anos, a primeira pedida é sempre muito alta quando o Palmeiras aborda outro clube com o objetivo de comprar um jogador. Agora, a prioridade da diretoria alviverde é não abrir mão da política de austeridade financeira. A cúpula prevê investir no máximo R$ 40 milhões em contratações, sempre com foco em reforços que cheguem para resolver carências, não apenas para compor elenco.
Os novos responsáveis pelo departamento de futebol tentam explicar a empresários e clubes que o Palmeiras não poderá investir muito e mostram até dados divulgados pela imprensa para atestar que os "tempos são outros".
Também atrapalha o fato de o mercado saber que há uma série de jogadores que estão fora dos planos de Vanderlei Luxemburgo para a próxima temporada. Sabendo disso, as propostas são sempre por empréstimo ou com valores de compra baixo. É por isso, por exemplo, que a ida de Miguel Borja para o Junior Barranquilla demorou a ser efetivada. Isso também explica por que Carlos Eduardo ainda não foi negociado.
Atrapalha também o fato de jogadores que não tiveram um bom desempenho nos últimos anos terem altos salários, como Alejandro Guerra, que ganha mais de R$ 250 mil por mês e afasta clubes de menor expressão.
Agora, o Palmeiras estuda uma proposta do Almería por Gustavo Scarpa depois de recusar as duas primeiras investidas do clube espanhol.
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