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São Paulo prega por cautela no mercado e Diniz abraça elenco sem reforços

Fernando Diniz confia que o São Paulo não precisa fazer loucuras no mercado da bola - Marcello Zambrana/AGIF
Fernando Diniz confia que o São Paulo não precisa fazer loucuras no mercado da bola Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Bruno Grossi e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

06/01/2020 04h00

Resumo da notícia

  • São Paulo ainda não fez nenhuma contratação nesta janela de transferências
  • Clube não tem dinheiro para grandes reforços e não quer "contratar à toa"
  • Fernando Diniz entende que elenco já é forte e quer potencializar atletas
  • Contratações só devem ser feitas para repor eventuais saídas
  • Empresários que têm oferecido reforços se frustram com essa postura

Dois dias antes da apresentação do elenco para 2020, o São Paulo ainda não anunciou nenhuma contratação. E isso pode seguir assim até as competições do primeiro semestre começarem. O Tricolor não tem dinheiro para fazer grandes investimentos e a comissão técnica entende que não é preciso contratar à toa, já que o grupo recebeu peças importantes ao longo do ano passado e está qualificado.

Fernando Diniz encabeça esse discurso. Tanto é que fez apenas uma indicação aos dirigentes no mercado da bola e disse entender se não fosse possível gastar para ter o atacante argentino Nahuel Bustos. De fato, o São Paulo considerou a pedida do Talleres muito alta para o momento do clube e, por enquanto, não prosseguiu com as negociações.

Só vai haver mais pedidos por reforços caso jogadores sejam vendidos na pré-temporada. Uma nova proposta do Red Bull Bragantino pelo zagueiro Walce pode chegar a qualquer momento, por exemplo. Outro que pode sair é Antony, que vai começar o ano com Walce e Igor Gomes na seleção brasileira olímpica e está valorizado entre clubes do exterior. RB Leipzig e Borussia Dortmund, da Alemanha, estão interessados.

Os únicos movimentos concretos do São Paulo na janela de transferências foram para manter atletas que estavam emprestados. O clube comprou Tiago Volpi após empréstimo do Querétaro, do México, e Igor Vinícius, que estava cedido pelo Ituano. Além disso, trocou Raniel com o Santos para ter Vitor Bueno em definitivo.

Esses negócios eram tidos como prioritários e fizeram com que diversos empresários se frustrassem nas últimas semanas. Foram oferecidos jogadores protagonistas, jovens apostas, estrangeiros... Atletas baratos e caros. E o São Paulo recusou todas essas sugestões de negócio.

Com o déficit de R$ 180 milhões registrado em 2019 e a dependência de vendas para agir no mercado, essa postura é vista como natural e como uma obrigação da diretoria após uma temporada de gastança para ter nomes como Pablo, Hernanes, Alexandre Pato, Daniel Alves, Tchê Tchê e Juanfran.

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