Economia de R$ 7,3 milhões e fim de briga: as ações de Mattos no Cruzeiro
Resumo da notícia
- Alexandre Mattos negociou as saídas de Egídio, Henrique e Marquinhos Gabriel. Com as rescisões, o clube economizará R$ 7,3 milhões
- Ele fez acordo com o estafe de Fabrício Bruno. Zagueiro foi vendido ao Red Bull por R$ 2 milhões e vai retirar ação judicial contra o clube
- Mattos foi crucial para a escolha de Ocimar Bolicenho para a diretoria de futebol. Ele indicou três nomes ao Conselho antes de começar a trabalhar
- Renovação de Cacá também foi conduzida por Mattos. Ele quem acertou o contrato do atleta até dezembro de 2022
- Mattos também devolveu a credibilidade ao clube, que estava com imagem arranhada após a gestão liderada por Wagner Pires de Sá e Itair Machado
Alexandre Mattos resolveu pendências importantes no Cruzeiro em seu primeiro dia de trabalho. Em menos de 24 horas auxiliando o departamento de futebol, ele solucionou o caso Fabrício Bruno, economizou mais de R$ 7,3 milhões com as saídas de Egídio, Henrique e Marquinhos Gabriel, foi preponderante para a escolha de Ocimar Bolicenho para o cargo de diretor de futebol e ainda resgatou a arranhada imagem do clube no mercado da bola.
Disposto a ajudar o antigo time de forma gratuita até conseguir o visto de trabalho para atuar no Reading, da Inglaterra, o ex-dirigente do Palmeiras chegou à Toca da Raposa II às 6h de ontem, de acordo com funcionários do clube. A primeira missão era solucionar casos antigos. O UOL Esporte apurou o que foi feito pelo dirigente em seu primeiro dia de trabalho.
Economia de R$ 7,3 milhões
Alexandre Mattos foi o responsável por negociar as saídas de Egídio e Henrique para o Fluminense e de Marquinhos Gabriel para o Athletico Paranaense. O trio perdoou dívidas antigas da diretoria para deixar a Toca da Raposa II. Ao todo, houve uma economia de R$ 7,3 milhões com a rescisão dos jogadores. O lateral esquerdo e o volante já têm um acerto com o Tricolor Carioca. O meia-atacante acerta os últimos detalhes com o Furacão.
Caso Fabrício Bruno
A boa relação de Alexandre Mattos com Thiago Scuro, CEO do Red Bull Bragantino, foi preponderante para a solução do caso Fabrício Bruno. O zagueiro acionou a justiça do trabalho pedindo R$ 3,5 milhões e a rescisão unilateral do contrato por causa de dívidas referentes sete meses de imagem, dois meses de salários e por não recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Mattos negociou com o agente do jogador, que havia se envolvido em uma confusão com a diretoria recentemente, e acertou a venda para o Red Bull Bragantino. O atual campeão da Série B pagará R$ 2,8 milhões pelo negócio. Os mineiros ficarão com R$ 2 milhões. O restante - R$ 800 mil - será repassado ao atleta para que ele retire a ação contra o clube.
Escolha de Ocimar Bolicenho
Alexandre Mattos se reuniu pela primeira vez com Saulo Fróes, presidente do Conselho Transitório, e Pedro Lourenço, vice-presidente de futebol, há dois dias em Belo Horizonte. O futuro cartola do Reading indicou três nomes para o cargo de diretor de futebol. Entre eles, estava Ocimar Bolicenho. Houve um consenso do trio que o escolhido era o melhor para a função neste momento. No dia seguinte, o acordo com ele foi alinhavado.
Renovação de Cacá
Alexandre Mattos foi quem solucionou a renovação de Cacá. Avaliado como principal promessa do clube na atualidade, o zagueiro tinha vínculo até dezembro de 2020. Mattos, entretanto, conseguiu se encontrar com o estafe do atleta para resolver a sua renovação. Ele estendeu o vínculo até dezembro de 2022.
Recuperação da credibilidade do clube
A imagem do Cruzeiro está arranhada no mercado da bola. As denúncias e investigações contra a gestão passada, liderada por Wagner Pires de Sá e Itair Machado, deixaram o clube sem força no mercado da bola. A chegada de Alexandre Mattos faz com que a situação seja alterada. O UOL conversou com agentes, que elogiaram a maneira do dirigente conduzir os negócios com a volta de Mattos à Toca da Raposa II.
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