Como o 'estilo Diniz' pode afetar o futuro de dois jogadores do São Paulo
Resumo da notícia
- Fernando Diniz quer dar nova chance a Brenner, com quem trabalhou no Fluminense
- O técnico também pretende convencer Hudson a treinar como zagueiro
- Mudança ainda não empolgou o volante, que negocia saída para o Flu
- Reapresentação do elenco está marcada para hoje (8) no CT da Barra Funda
O destino de dois jogadores do São Paulo passa, de alguma forma, pelos princípios de futebol pregados por Fernando Diniz. O técnico, por exemplo, pretende dar uma nova chance a Brenner, em quem apostou inclusive nos tempos de Fluminense. Outro plano é tentar transformar Hudson em zagueiro.
O volante é alvo de esforços do Fluminense para tirá-lo do São Paulo e pouco jogou sob o comando de Diniz na reta final de 2019. Desde a estreia do treinador, foram quatro partidas, todas saindo do banco e totalizando somente 39 minutos. Contra o Internacional, quando o Tricolor garantiu vaga direta na Copa Libertadores da América, nem sequer entre os reservas ele estava.
A ideia de transformar Hudson em zagueiro não é nova. Diniz a apresentou logo que chegou ao São Paulo e passou a praticá-la em treinamentos, mesmo que o jogador não mostrasse tanta intimidade com a posição. Uma mudança de função aos 31 anos de idade pode causar resistência — vide o pedido para não ser fixado na lateral direita por Cuca —, mas o meio-campista resolveu topar a experiência nos treinos.
Hudson ainda não está convencido sobre essa mudança, que pode ficar mais urgente se o São Paulo vender Walce para o Red Bull Bragantino ou se Robert Arboleda ficar sem clima com a torcida por ter vestido a camisa do rival Palmeiras nas férias. Outra solução para esse problema na zaga deve ser a promoção definitiva de Diego, formado em Cotia. Por enquanto, não está nos planos da diretoria fazer contratações e para Hudson a proposta do Fluminense apareceu como uma saída para voltar a ter espaço em sua posição de origem.
Confiança de que Brenner pode recuperar status
Brenner é esperado hoje (8) no CT da Barra Funda, quando o elenco para 2020 se apresentará à comissão técnica. O garoto passou quase um ano emprestado ao Flu, que o contratou a pedido do próprio Diniz no início do último Campeonato Brasileiro. O jovem atacante, no entanto, acabou sendo pouco utilizado.
Foram seis jogos pelo time carioca — três como titular e três saindo do banco de reservas —, nenhum completo. Brenner também não marcou gols e, após a demissão de Diniz, causada por uma derrota por 1 a 0 para o CSA no Maracanã na 15ª rodada, o garoto não entrou mais em campo.
Diniz confia que pode resgatar o atacante que gerou tantas expectativas quando foi promovido por Rogério Ceni em 2017. Naquele ano, pelo time sub-17, tinha média de mais de dois gols por jogo. No profissional, porém, ficou marcado muito mais pela instabilidade — dentro e fora de campo — e registra apenas cinco gols em 30 partidas.
Pesam a favor de Brenner o estilo mais móvel para ser centroavante e a possibilidade de ser usado como ponta. Diniz admira essa versatilidade, mas sabe que precisará trabalhar bem o lado psicológico do jovem de 19 anos, que já recusou ser usado no time sub-20 em 2018 e ainda sofreu com o emocional dentro de campo em dois episódios: saiu chorando por jogar mal contra o Paraná Clube e foi expulso por revidar entrada dura em adversário do Colón.
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