Éderson não vai tirar ação contra Cruzeiro, mesmo após receber atrasados
O volante Éderson recebeu parte do pagamento que o Cruzeiro devia ao jogador. Mas isso não fará com que o atleta retire a ação na Justiça cobrando a totalidade dos salários atrasados, além de outras pendências como direito de imagem e FGTS. Empresário e jogador ainda tentam fazer um acordo com o clube, e a tendência é mesmo que o jogador não atue pela Raposa em 2020.
Desde a última quinta-feira, o volante não comparece à Toca da Raposa para os treinamentos da pré-temporada. O motivo foi a ação movida contra o Cruzeiro em que cobra cerca de R$ 2 milhões não pagos pelo clube mineiro. Na noite de ontem (10), o jogador teve seu pedido indeferido. A juíza argumentou que o caso não é urgente o suficiente para um desligamento imediato, e agendou uma audiência para 10 de fevereiro em que o Cruzeiro terá a oportunidade de se defender.
André Cury, representante do jogador, esteve no CT para uma reunião com o Cruzeiro. Cury, que também é agente de David — outro que entrou na Justiça contra o clube —, não obteve sucesso na conversa com os diretores. Ainda ontem, o Cruzeiro depositou em torno de R$ 400 mil a Éderson e esperava que a ação fosse retirada, mas essa não é a intenção do atleta.
Na reunião com os diretores celestes, André Cury tentou liberar seus atletas dos vínculos empregatícios. O empresário fez duas propostas ao Cruzeiro: pagar R$ 5 milhões pela compra de 35% de David e outros R$ 4 milhões por 50% de Éderson. Se o clube aceitasse, as ações seriam retiradas. O Cruzeiro não topou o negócio porque ficou insatisfeito com a forma do pagamento. A diretoria não receberia esses R$ 9 milhões, já que o montante seria descontado em uma dívida que a Raposa tem com o agente.
Apesar do impasse, a tendência é que Éderson e David sejam negociados em breve pelo clube, já que não estão treinando nem há clima para serem reintegrados ao elenco. Além da dupla, o zagueiro Fabrício Bruno e o meia Thiago Neves também já entraram na Justiça contra o Cruzeiro.
Desde a última quarta-feira (8), o clube completou três meses de salários atrasados — sem contar o 13º salário —, o que abre espaço, com o amparo da Lei, para que os atletas busquem a rescisão unilateral do vínculo. Além dos inúmeros problemas, há uma preocupação grande que outros jogadores sigam o mesmo caminho.
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