Vasco tem 4 vagas de vices em aberto, e Campello vê diretoria esvaziada
Por conta de divergências com os rumos financeiros do Vasco em 2020, o vice-presidente de Finanças, João Marcos Amorim, oficializou sua saída da pasta ontem (10). Desta maneira, o presidente do clube, Alexandre Campello, chega ao seu último ano do mandato acumulando quatro vice-presidências vagas, após desligamentos, e vive um momento instável no comando.
Os primeiros VP's a deixarem suas pastas saíram logo em debandada. No total, foram 14. Todos do grupo político 'Identidade Vasco', que havia sido a base de apoio que fez Campello chegar ao poder.
De todas as saídas, as únicas duas vice-presidências que não foram repostas foram a de futebol, então comandada por Fred Lopes, e a médica, que era de Celso Monteiro.
Na época, Campello decidiu não ser necessário uma reposição delas e, no caso do Futebol, o dirigente acabou "acumulando" o cargo.
O desligamento em peso da 'Identidade Vasco' na época forçou o atual presidente a fazer uma costura política, e foi aí que ele conseguiu angariar dois grupos para sua diretoria administrativa: a "Cruzada Vascaína" e o "Desenvolve Vasco".
Da Cruzada surgiu João Marcos Amorim, e da Desenvolve Vasco, Adriano Mendes, o vice-presidente de controladoria que se tornaria o grande homem de confiança de Campello. Partia dele as diretrizes sobre as finanças do clube. Porém, ao que tudo indica, seus dias na pasta também estão contados.
Há quem garanta nos corredores de São Januário que sua última missão no Cruz-Maltino será pagar os salários atrasados, que hoje batem novembro, 13º, férias e alguns direitos de imagem.
No que se refere às saídas de vices-presidentes, teve ainda no fim do ano passado o desligamento de Bruno Maia, que comandava o marketing. Esta foi considerada a mais "amigável", já que o ex-dirigente alegou oportunidades profissionais para deixar a pasta. Porém, sua relação desgastada com Adriano Mendes já era notória.
Presidente da Cruzada, Carlos Leão garantiu ao UOL Esporte que o grupo político segue apoiando a diretoria administrativa, inclusive com o integrante João Ernesto permanecendo como vice-presidente de relações especializadas, e João Marcos envolvido em assuntos do Conselho Deliberativo, mas o clima no clube é de instabilidade.
Campello convida profissional para prestar consultoria
Na tentativa de equilibrar a caravela cruz-maltina que parece cada vez mais à deriva, Alexandre Campello convidou Luiz André de Figueiredo Mello para prestar consultoria em algumas áreas. O advogado carioca já foi presidente da APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol) e, neste cargo, fez amizade com o presidente vascaíno. A diretoria, porém, nega que ele irá exercer oficialmente um cargo no clube.
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