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Lucio, Dimba e Souza: Fla repete com Michael aposta em destaques do Goiás

Atacante Michael, do Goiás, controla a bola em partida contra o Ceará no Castelão - Pedro Chaves/AGIF
Atacante Michael, do Goiás, controla a bola em partida contra o Ceará no Castelão Imagem: Pedro Chaves/AGIF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/01/2020 04h00

Ao acertar a contratação de Michael, o Flamengo repete uma história de alguns capítulos anteriores de apostas em destaques do Goiás, ex-clube do atacante de 22 anos.

A ponte aérea Goiânia-Rio de Janeiro teve Lucio Bala como o seu primeiro ilustre passageiro. Após ser a revelação do Brasileiro de 1996, o atacante desembarcou na Gávea como grande nome em um time que já contava com astros como Sávio e Romário.

Na Gávea, Lucio jamais justificou plenamente o seu cartaz e deixou o clube sem títulos e sem deixar saudade. Depois de vestir rubro-negro, virou um andarilho da bola e colecionou passagens por Santos, Botafogo, Atlético-MG, além de vestir camisas de diversos times pequenos Brasil afora.

O insucesso com o ex-Goiás não intimidou o Fla, que buscou o atacante Dimba, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2003, quando defendeu o Esmeraldino. Após breve passagem pelo Al-Ittihad (SAU), ele chegou ao clube em 2004 como esperança de gols, mas seu período no Rubro-negro foi sem muito brilho.

Em um elenco que brigava na parte de baixo da tabela, Dimba até marcou seus gols (15 ao todo), mas logo trocou o Fla pelo então poderoso São Caetano.

O último a percorrer esse caminho foi também o de maior sucesso. Goleador do Brasileirão de 2006, Souza trocou o verde pelo vermelho e preto. Rubro-negro confesso, o camisa 9 caiu nas graças da arquibancada com gols e provocações aos rivais.

Souza durante sua passagem pelo Flamengo - Reuters - Reuters
Souza durante sua passagem pelo Flamengo: "chororô" virou marca
Imagem: Reuters

Foi dele o gesto do "chororô" endereçado aos botafoguenses, que penaram na mão do "Caveirão" e seus companheiros. Em 2007 e 2008, Souza integrou o grupo que venceu consecutivamente o Carioca sobre o rival. Em 2009, novo triunfo do Fla, mas já sem o camisa 9 no clube.

Reforço mais badalado do mercado da bola, Michael refaz um caminho comum no futebol, mas que nem sempre foi sinônimo de sucesso. Cabe a ele contrariar a história.