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Diretor do Cruzeiro vê dificuldade para manter Dedé, que busca novo clube

Zagueiro não chegou a um acordo com o Cruzeiro e não ficará na equipe para disputar a Série B em 2020 - Bruno Haddad/Cruzeiro
Zagueiro não chegou a um acordo com o Cruzeiro e não ficará na equipe para disputar a Série B em 2020 Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

14/01/2020 18h12

O diretor de futebol do Cruzeiro, Ocimar Bolicenho, confirmou as previsões sobre o futuro de Dedé. O dirigente afirmou que o clube não conseguiu chegar a um acordo salarial com o defensor, que já está ciente da situação e busca um novo clube.

Precisando reduzir sua folha salarial de R$15 milhões para R$5 milhões, o Cruzeiro convocou reuniões com seus principais atletas para tentar uma redução salarial. Até o momento, apenas Léo e Edilson fizeram um novo acordo com a diretoria. Fábio, Ariel Cabral, Robinho e Manoel ainda negociam, mas devem permanecer. Por outro lado, Rodriguinho e Fred estão perto de um adeus.

"O Dedé foi um dos primeiros a dizer para nós que, na condição que o Cruzeiro pode oferecer agora, irá procurar uma alternativa. Ele não tem condição de aguentar o que o Cruzeiro está oferecendo para ele e está tentando uma recolocação no mercado. Como estamos em condições de não poder oferecer nada, ele que está se virando com isso. Não estamos em condição de exigir nada, porque estamos em débito com todos eles (jogadores)", comentou o diretor de futebol, em entrevista ao canal ESPN.

Se a saída do Cruzeiro está praticamente selada, o destino de Dedé ainda segue indefinido. O interessado mais conhecido é o Vasco, ex-clube do jogador. Mas segundo o estafe do atleta, Dedé ainda desperta interesse de clubes da China e de outras grandes equipes do futebol nacional.

A falta de receitas para 2020 e a alta dívida que já ultrapassa R$800 milhões forçou o Cruzeiro a fazer cortes profundos em todos os departamentos do clube. E o futebol não escapou da limpa. Dedé tem um dos salários mais altos do elenco, e por isso se encontra em uma situação bastante delicada. Em alguns casos, mesmo se o atleta reduzir seus ganhos pela metade, a nova remuneração ainda ficaria alta para a diretoria pagar. Além disso, os jogadores (com exceção dos mais jovens) ainda contam com muitos atrasos, sendo três meses na CLT e pelo menos sete de direito de imagem, além de férias, 13º e FGTS que também não foram depositados desde o início do ano passado.

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