"Querem ele morto", diz advogada de Bruno após Operário desistir de negócio
Horas depois de o Operário-MT desistir da contratação do goleiro Bruno, a advogada do atleta, Mariana Migliorini, se mostrou indignada com a situação.
Em entrevista ao site O Tempo, ela lamentou o recuo da diretoria do clube do Centro-Oeste e defendeu o cliente de 35 anos:
"Os empresários de Várzea Grande [cidade que é sede do Operário] não querem ter o nome do Bruno vinculado a eles por conta da repercussão social. Querem ele morto. Isso não é pena, não é algo civilizatório. O Bruno já cumpriu a pena, Deus perdoa. A sociedade não", disse a advogada.
Migliorini ainda afirmou ao site que o goleiro, após saber que não conseguiria ter a chance de voltar a jogar, ficou "extremamente triste, sem dormir e sem comer".
Acerto e recuo
Depois de fazer uma proposta oficial ao jogador, que aceitou os termos e foi autorizado pela Justiça a atuar, o clube mato-grossense desistiu da contratação por conta de protestos da torcida e da perda de alguns patrocínios para a temporada.
"Pelo presente, viemos informar que a diretoria do Clube Esportivo Operário Várzea Grandense não contratará o atleta Bruno Fernandes das Dores de Souza", diz o comunicado divulgado ontem pelo clube.
Ex-Flamengo e Atlético-MG, Bruno foi condenado na Justiça mineira a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-namorada e modelo Eliza Samúdio. O crime aconteceu em 2010.
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