Capitão do Grêmio na Copinha é caçula de 15 irmãos em família toda tricolor
Capitão do Grêmio na Copa São Paulo de Juniores, Matheus Nunes tem uma torcida organizada particular em casa. O lateral esquerdo é o mais novo de uma família gremista de 15 filhos e tem na irmã Francieli a conselheira de sua carreira. Toda a prole vai roer as unhas de longe, enquanto o caçula joga a final contra o Internacional, amanhã (25).
A família praticamente inteira mora em Uruguaiana-RS, cidade que está nas fronteiras do Brasil, tanto com a Argentina, quanto com o Uruguai. Destes irmãos, 12 vivem por lá, perto dos pais Jorge Luis e Ceneida. A paixão pelo Grêmio veio do berço para todos eles, e o pai sempre falou do sonho de ver um rebento representar a família no clube do coração. Coube a Matheus, o mais novo, realizar.
O lateral esteve em campo em cada minuto jogado pelo Grêmio na Copinha, com destaque pela segurança e pela liderança natural a um capitão. "O Matheus sempre se cobra muito, o que é normal, mas também não pode exagerar", conta a irmã Francieli Nunes, de 32 anos, que usa a experiência que viveu no futebol feminino para aconselhá-lo.
"Depois de cada jogo a gente se fala bastante, por mensagem ou ligação, e sempre dando conselhos. Eu joguei por um tempo, então, da família quem mais esteve em competição somos ele e eu", explica Francieli, a sétima dos 15 irmãos, que só não seguiu no futebol porque os clubes que defendeu não lhe deram condições de se manter.
"O Matheus sempre pergunta como foi no jogo, se foi bem, se errou alguma coisa... A gente até tem um grupo da família, mas quando tem que puxar a orelha sou eu quem puxo", brinca a irmã mais velha.
Se o núcleo dos Nunes é de 17 pessoas, o clã cresce para cerca de 70 quando se reúne por inteiro, cada filho com a família de constituiu. Na festa de Ano Novo, por exemplo, eles tiveram que alugar um espaço para comemorar 2020, porque não caberiam juntos em nenhuma casa. Gremistas "desde sempre", os Nunes criaram há muito tempo o hábito de se reunir para ver os jogos do Grêmio na TV. Com o caçula no time então, a motivação de assistir a Copinha dobrou.
"Para nós é tudo. Se o Matheus fosse para o Inter, a gente já torceria por ele, imagina no Grêmio? É um sonho realizado para meu pai e, como todos somos gremistas, é para nós também", diz Francieli, revelando a receita do sucesso na grande decisão. "A superstição é usar a mesma roupa, não trocar. Eu fico sentada sempre em só lugar, e cada um tem a sua mania."
Grêmio e Inter decidem amanhã a Copinha, às 10h, no Pacaembu. Em Uruguaiana-RS, a 1.600 km da capital paulista, a torcida por Matheus Nunes vai vibrar como se estivesse no estádio. "Não precisamos nem combinar", brinca Francieli. "Com certeza estaremos todos na casa de um de nós, um dos irmãos, e vamos fazer um churrasco."
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