Coronavírus muda rotina do futebol chinês, e brasileiro teme voltar ao país
Resumo da notícia
- Coronavírus já matou 26 pessoas na China, além de contaminar outras 830 pessoas
- Rafael Silva está treinando na Espanha e ainda não sabe quando poderá voltar à China
- Tendência é que o início do Campeonato Chinês seja adiado
O coronavírus matou, até o momento, 26 pessoas na China, além de contaminar outras 830 pessoas. O temor de o vírus se espalhar rapidamente impactou diretamente na rotina do futebol chinês. O torneio local deve ter seu início adiado, e os times estão sendo orientados a ficar longe da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, e que abriga mais de 11 milhões de pessoas.
Wuhan é uma das oito cidades da província de Hubei que foram isoladas pelo governo chinês. Ela soma-se a Huanggang, Ezhou, Chibi, Qianjiang, Zhijiang, Jingmen, Xiantao.
Atacante do principal time da província, o Wuhan Zall, o brasileiro Rafael Silva não está na China, e não sabe quanto tempo vai demorar para poder voltar. Depois de um período de treino na cidade de Guangzhou, a mais de mil quilômetros de Wuhan, a equipe orientou seus jogadores a viajar para a Espanha para continuarem com os treinamentos.
"A gente estava treinando antes em Ghangzhou. Quando tudo isso começou a acontecer, a Federação proibiu o time de voltar para Wuhan (...) Até para a diretoria do time está sendo surpresa. Eles mesmo não sabem muito o que fazer. O que passaram para gente foi para ficar longe, o time não pode voltar para a cidade, tem que ficar em outras cidades. Já me mandaram para a Espanha para continuar treinando até que tudo se resolva", explicou Rafael Silva, em contato com o UOL Esporte.
Para tentar conter a disseminação do coronavírus, a China impôs restrições de transporte sobre mais de 40 milhões de habitantes hoje (24). Ontem (23), a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou que não declarará emergência internacional de saúde pública, por enquanto.
"Estou preocupado porque tenho amigos chineses que estão lá na cidade e não podem sair, então é complicado", diz Rafael Silva. "Estou também com medo de voltar. Até depois que tudo se resolver, acho que o medo vai continuar. Até minha família está preocupada. Recebi muitas mensagens nos últimos dias, porque as pessoas sabem que eu moro lá e estão passando muitas notícias no Brasil sobre isso e me perguntaram se está tudo bem comigo".
Apesar da preocupação, Rafael não cogita pedir para deixar o Wuhan Zall. Com mais um ano de contrato, o ex-atacante da base do Corinthians e do time profissional do Coritiba pretende permanecer no país oriental.
"A possibilidade de sair nem passou pela minha cabeça ainda. O que eu penso e quero é que tudo se resolva o mais rápido possível, que o campeonato possa recomeçar o quanto antes e que eu possa cumprir meu contrato. Espero fazer um bom campeonato e que tudo fique bem, que tenha o menor número de vítimas possível, que é o mais importante", completou.
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