Cidade-sede do Brasil no Pré-Olímpico tem plantação de café até no estádio
É simplesmente impossível andar por Armênia, cidade-sede do Brasil no Pré-Olímpico na Colômbia, sem ver alguma referência ao café. Um dos principais produtos de exportação no município, a planta está presente até mesmo dentro do estádio Centenário, onde o Brasil já jogou uma vez e voltará a atuar nesta terça-feira, diante da Bolívia.
Em 2017, inclusive, uma marca foi lançada só com o café produzido dentro do gramado. O nome não era muito criativo: Café Centenário. São quase 400 pés que chegaram a render 75 quilos de café na primeira colheita, segundo divulgação do governo local à época. Eles estão distribuídos em todo estádio, mas a maior concentração está atrás dos gols.
Fora dele, o grão também está presente em todos os lugares. Para se deslocar do centro da cidade até o hotel em que a seleção brasileira está concentrada, por exemplo, há um trecho de mais de um quilômetro tomado por fazendas cafeeiras. A banana, outro produto muito comercializado, por aqui, fica em segundo plano.
Até mesmo nos bairros mais centrais, é possível observar as plantas em calçadas e nos canteiros de avenidas e ruas. É uma overdose de café. A importância é tamanha que os indicadores estampados na capa do jornal local são os seguintes: dólar, euro e café. No dia 24 de janeiro, o preço era de 890,5 mil pesos colombianos por 125 quilos, o que significa pouco mais de R$ 1,1 mil.
O turismo também é basicamente de café. Nos hotéis, os folhetos de sugestão de passeio têm o café como figura central. Em uma breve pesquisa na internet sobre o que fazer em Armênia, quase todas as sugestões têm ligação com o... café. Até mesmo o parque de diversões da cidade, que conta com teleférico, montanha russa e kart, leva o nome de... Parque do Café!
A fruta está presente na cidade desde o final dos anos 1800, mas a cidade de Armênia teve um grande desenvolvimento por conta do café, especialmente a partir de 1927, quando houve o início de trabalhos de uma ferrovia que ligava a Manizales e, por consequência, para outras cidades que tinham mais capacidade de exportação.
O governo de Armênia, inclusive, segue investindo no café local. Mais de R$ 9 milhões serão investidos nos próximos 36 meses para melhorar as técnicas de produção e colheita. A ideia é que a cidade vire referência na bebida de alta qualidade.
A Colômbia como um todo, inclusive, comemorou um excelente ano de 2019 para o café. Segundo levantamento do governo federal, a produção cresceu 31% em relação ao ano de 2018. De acordo com a Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, os colombianos estão em segundo no ranking de produtores nas Américas, só atrás justamente do Brasil.
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