Grêmio compara Diego Souza a Jael para explicar contratação
O Grêmio procurou no mercado da bola alguém para voltar a fazer pivô durante os jogos, não conseguiu as primeiras opções e está por detalhes de anunciar a alternativa possível. Diego Souza deve ser confirmado como sexto reforço gremista em 2020 e chegará com o exemplo de Jael colado no próprio nome. Há três anos, o ex-atacante do Flamengo desembarcou em Porto Alegre com mesmo argumento e cumpriu o papel em campo.
Aos 34 anos, Diego Souza assinará contrato até dezembro. Livre desde que deixou o Botafogo, o jogador que começou como volante depende de detalhes burocráticos para ser confirmado.
"Ele joga tanto na meia como lá na frente, pelas características dele. É inteligente, joga bem. Faz bem a parede. Quando trouxemos o Jael, muita gente criticou e ele nos ajudou muito. A gente precisa dessa característica, principalmente na Libertadores", disse Renato Gaúcho ao falar de Diego Souza.
No início de 2017, o UOL Esporte revelou acerto do Grêmio com Jael e começou, imediatamente, uma chuva de críticas ao clube pelo acerto com o centroavante. À época, ele estava sem clube depois de deixar o Joinville.
O argumento do início daquele ano é muito parecido com a justificativa atual. Todos os nomes tentados antes não se encaixaram no perfil do Grêmio, seja financeira ou tecnicamente. Jael foi nome indicado por Renato Gaúcho, tal qual Diego Souza agora.
"Gosto de dar chance para a garotada, mas é importante ter gente experiente para dar suporte a eles. Peço ao torcedor para ter paciência. Gostaríamos de ter trazido outros jogadores, mais jovens, mas não tem no mercado. Troquei várias ideias com o presidente e ele tem a mesma ideia do que eu. Pior é se omitir, não tentar", argumentou Renato Portaluppi.
Jael teve lesão no joelho e só foi atuar, de fato, no final do ano. De cara, ganhou a torcida com empenho e no início de 2018 virou titular. Os gols, incluindo diante do Inter, fizeram o atacante virar uma espécie de xodó dos torcedores.
A presença de Jael naquele time foi importante. Forte fisicamente, o camisa nove serviu como parceiro ideal para Everton Cebolinha, que até então não havia chegado nem perto do status de centro do time - papel atual do camisa 11 na Arena. A dobradinha entre eles ajudou o Grêmio a chegar na semifinal da Libertadores e competir na Copa do Brasil e Brasileiro mesmo com problemas físicos de Maicon e Luan, outra dupla vital para a equipe naquele momento.
A saída de Jael, no início do ano passado, dividiu opiniões entre os gremistas. O clube gaúcho aceitou oferta do FC Tokyo e liberou o centroavante para abrir espaço na folha salarial e no elenco de olho em Diego Tardelli.
Agora, volta a recorrer a um nome livre no mercado. Que gera contestação. E para desempenhar função parecida em campo.
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