Rony só deixa o Athletico se resolver imbróglio com o clube, diz advogado
O atacante Rony só vai sair do Athletico Paranaense com um acordo sobre o imbróglio envolvendo seu contrato com o clube. É o que diz Carlos André de Freitas Lopes, advogado do jogador que interessa ao Palmeiras no mercado da bola.
"Se tiver que recusar a proposta de Corinthians e Palmeiras para cumprir o contrato com o Athletico, será feito isso", disse Carlos André, ao UOL Esporte.
O advogado, que recentemente assumiu a presidência do São Caetano, representa a empresa que cuida da carreira do jogador. Rony segue em Curitiba, treinando com o elenco de Aspirantes que disputa o Campeonato Parananse, mas não vem sendo relacionado para os jogos.
"O Rony adora o clube, nós somos gratos ao Athletico. Mas a renovação não está boa para o Rony, só para o [Mario Celso] Petraglia, que tem interesse financeiro. E entraram em contato com a gente para dizer que só vão pagar US$ 1 milhão. E isso nós não vamos aceitar, porque ficou longe daquilo que foi combinado", declarou Carlos André.
Nos bastidores, o Athletico entende que o tempo joga contra Rony, que vive o melhor momento da carreira aos 24 anos. A pressão, porém, não parece mudar os planos do estafe do atacante.
Entenda o imbróglio
O imbróglio entre Rony e o Athletico consiste em uma discordância em relação ao que foi acordado quando o clube contratou o jogador, que teria direito a 50% de seus direitos econômicos. O Furacão entende que o atacante receberia um valor fixado no contrato, cerca de R$ 1 milhão, em possível venda. Enquanto isso, o estafe do atleta entende que o Athletico teria de repassar metade de qualquer valor que entrar, descontados R$ 2,5 milhões, quantia inicial paga pelos paranaenses no ato de sua contratação.
"Quando o Rony despertou o interesse do Athletico, o Petraglia ligou para o Hércules [Júnior, presidente da empresa que cuida da carreira do jogador], eles fizeram uma composição, e então me procurou para fazer todo o esclarecimento da situação do Niigata. Por telefone, o senhor. Petraglia me garantiu que seria 50% dos direitos econômicos para cada lado. E aí nós enfrentamos um problema, de passar 50% para o Rony, porque a Fifa não permitia", afirmou Carlos André, dando sua versão sobre o caso.
"Então nós decidimos criar um documento com a advogada do Athletico, Regina [Bortoli], em que o Rony, em caso de venda, teria direito a US$ 1 milhão, se alcançasse esse valor. Se não alcançasse, se fosse maior o valor, então haveria um "equilíbrio do negócio", principalmente em favor do Athletico, que não poderia ficar no prejuízo. O que eles alegam hoje é um absurdo, porque se de repente o Rony fosse vendido por US$ 500 mil, teriam que pagar US$ 1 milhão? Como? Então haveria o equilíbrio das duas coisas, a gente teria que diminuir o valor", completou.
O Athletico contratou Rony em 2018. Antes de chegar ao Furacão, o atacante defendia o Albirex Niigata, do Japão. O clube japonês entende que teria direito a receber uma multa de cerca de R$ 42 milhões pela saída do jogador e já até acionou a Fifa. Por isso, o clube paranaense não quer vende-lo por um valor inferior, já que corre o risco de ter que ressarcir os asiáticos.
"Agora a novela da vez é o problema do Albirex, que já foi analisado pelo jurídico do clube, de quem quiser contratar, Palmeiras, Corinthians. O que me surpreende é que para pagar os 50%, tem o problema do Albirex; para pagar o US$ 1 milhão, aí não tem, aí pode vender o Rony. E infelizmente para o Athletico nós não vamos ceder", disparou Carlos André.
Quem está na briga por Rony
O UOL Esporte apurou que o Palmeiras considera a contratação de Rony uma possibilidade concreta para 2020. Enquanto isso, Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol do Corinthians, nega ter interesse no jogador. O contrato do atacante com o Athletico é válido até julho do ano que vem.
"Se tiver que recusar a proposta de Corinthians e Palmeiras para cumprir o contrato com o Athletico, será feito isso. O menino vai jogar pelo Athletico sem problema nenhum até julho de 2021. Só que: não é renovação com a torcida, com a instituição, que vale ouro. Com essas pessoas no comando não tem renovação. E como a gente não tem o poder de trocá-las, não tem renovação, por que essas pessoas não cumprem o que falam", soltou o advogado.
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