Luxa espanta comparação com Palmeiras de 1996: "Não podemos nos iludir"

Duas vitórias em três rodadas, invencibilidade e melhor ataque do Campeonato Paulista. O início do Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo empolga o torcedor, mas não o treinador. Em entrevista coletiva concedida depois do 4 a 0 sobre o Oeste, na noite de hoje (29), no Pacaembu, o técnico segurou o discurso confiante e destacou a necessidade de melhora a médio prazo do elenco para encarar a temporada.

"Falta coisa, estamos distantes ainda. Não podemos nos iludir porque conseguimos os resultados e achar que estamos preparados para decidir uma competição que vai ser definida em fevereiro e março, e também para a Libertadores", sentenciou o treinador, antes de apontar o que precisa melhorar no time.

"Temos que melhorar muito a qualidade física, a qualidade tática e a qualidade técnica. Temos que avançar bastante. Esses resultados não podem iludir, o torcedor fica satisfeito, mas a gente sabe que estamos distantes e precisamos trabalhar bastante", destacou.

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Os elogios ao Palmeiras geraram até uma imediata comparação do atual elenco com o histórico Palmeiras de 1996 de Luxemburgo, um dos principais times da história alviverde. O comandante, por outro lado, refutou qualquer mínima semelhança da atual versão palmeirense com a anterior.

"Não vamos fazer comparação, pois era outra época, outro momento. Houve muitas mudanças com relação à maneira de jogar, em relação à intensidade do jogo, quilômetro percorrido por jogador, qualidade dos jogadores", afirmou.

O início do Palmeiras nos números é importante. Além dos oito gols marcados em três jogos, que eleva o time ao patamar de melhor ataque do Paulistão até aqui, a defesa não sofreu gols. O time ocupa a segunda colocação do Grupo B, apenas atrás do Santo André, que venceu os três compromissos.

A parte física avançou nesta quarta-feira, já que Luxemburgo poupou quatro titulares deste início de ano. Mesmo sem Felipe Melo, Gabriel Menino, Dudu e Luiz Adriano, peças consideradas importantes, o Palmeiras sobrou diante do Oeste e construiu nova goleada no Estadual.

"A saída dos quatro jogadores foi boa para poderem treinar mais, e treinaram forte. Consegui colocar quatro jogadores para pegar ritmo. Minha troca nunca vai ser mais do que 40% do time, será sempre mantendo a base da equipe que vem jogando. Tem que ter uma base", destacou Luxa, que, contudo, reforçou a importância de ter os mais importantes do grupo nos jogos daqui para frente.

"Queria que eles treinassem mais. Vai acontecer de o jogador treinar de manhã e ir para o banco, porque quero que fiquem à disposição. Jogador importante não pode ter o privilégio de ficar em casa com a gente jogando partida importante. Hoje preferi deixá-los treinando em dois períodos, mas isso naturalmente vai acontecer", encerrou.