Defesa falha, mas Brasil bate Bolívia e vai ao quadrangular do Pré-Olímpico
O Brasil venceu a Bolívia por 5 a 3 pela quarta rodada do Pré-Olímpico e garantiu, com uma rodada de antecedência, a classificação ao quadrangular final que vale uma vaga em Tóquio-2020. Com gols de Antony, Matheus Cunha, Guga, Reinier e Pepê, a equipe mostrou um ótimo poder ofensivo, mas péssimo desempenho defensivo na noite desta terça, em Armênia, na Colômbia.
Em quase todas as jogadas, Bambu mostrava insegurança na saída de bola. Caio Henrique e os demais membros da linha de trás também erraram em passes perigosos e viram a Bolívia incomodar em um nível superior ao desejado pelo técnico. Os bolivianos, inclusive, só não fizeram o quarto porque pararam na trave. A torcida, que inicialmente era para o Brasil, até ensaiou um "si, se puede" aninada com a reação boliviana.
A resposta de Jardine ao terceiro gol do adversário foi tirar Reinier, que jogava como falso 9 no momento, para a entrada de Bruno Fuchs, terminando o jogo com três zagueiros.
Agora, o Brasil enfrenta o Paraguai na sexta-feira já classificado, assim como a Argentina. Os dois primeiros do quadrangular garantem a vaga em Tóquio.
Os melhores: Paulinho e Antony
Os dois pontas do Brasil corresponderam ao que Jardine tanto pede nos treinos. Agudos, eles incomodaram a defesa da Bolivia o tempo inteiro e participaram da construção da maioria das jogadas ofensivas.
O pior: Bambu
O zagueiro mostrou muita insegurança na saída de bola e, na hora de cortar ofensivas da Bolívia, também não foi firme. O atleta até recebeu palavras de apoio dos companheiros pelos erros cometidos. No segundo gol boliviano, a bola passou no meio de suas pernas.
Reinier começa jogo no lugar de Pedrinho
Depois de sair com dores na virilha do treino de segunda, Pedrinho acabou cortado do jogo e assistiu da arquibancada. Seu substituto foi Reinier, que fez a sua estreia como titular no Pré-Olímpico. O jovem acabou de ser vendido para o Real Madrid por 30 milhões de euros. Ele deu assistência para o gol de Matheus Cunha e depois deixou sua marca no segundo tempo.
Brasil abre 2 a 0 em 15 minutos com ataque envolvente
Se do meio para trás a defesa não inspira tanta confiança, de Bruno Guimarães para frente, o Brasil jogou bonito no início do encontro. Em 15 minutos, com passes de primeira, toques envolventes e dribles, o time de André Jardine abriu 2 a 0. O primeiro foi jogada de Paulinho pela esquerda, com cruzamento para Antony completar. No segundo, Matheus Cunha recebeu passe dentro da área de Reinier e tocou para fazer seu 11o gol em 13 jogos neste Projeto Olímpico, se isolando na artilharia.
Defesa brasileira vacila no lado direito e Bolivia marca
Com o Brasil na frente por 2 a 0 e controlando completamente o jogo, Guga e Nino deixaram Abrego correr livre, no meio dos dois, em direção à área. Destaque boliviano, Vaca aproveitou a pane defensiva e encontrou o companheiro livre para tocar na saída de Ivan e diminuir o placar. O vacilo não foi o único: em vários momentos a zaga brasileira bateu cabeça, cometeu alguns erros de saída de bola e permitiu chegadas e sustos dos bolivianos.
Brasil aproveita fragilidade da zaga para aumentar placar
Se o Brasil dava chances a Bolívia com falhas defensivas, o mesmo acontecia do outro lado do campo. A diferença é que a seleção brasileira foi fatal. Ainda no primeiro tempo, Matheus Henrique deu belo passe para Guga, que chutou para fazer o terceiro. O quarto veio no segundo tempo, praticamente encerrando a disputa. Antony disparou pela direita em alta velocidade, tocou para Paulinho, que achou Reinier passando pela esquerda. O meia do Real Madrid chutou rasteiro e fez o seu.
Não era mesmo dia da defesa brasileira. Bolívia encosta
A goleada ameaçou a aparecer, mas a história da atuação brasileira era mesmo de sucesso no ataque e calafrios da defesa. A Bolívia não se intimidou com o quarto gol e seguiu avançando - mais uma vez contou com a fragilidade na retaguarda da equipe comandada por André Jardine. García fez o passe entre as pernas de Bambu e Abrego, que já marcado o primeiro, estufou outra vez a rede do gol de Ivan. Em seguida, Reyes apareceu nas costas do lateral direito Guga para completar de cabeça cruzamento de Saldias. 4 a 3, e quase que o jogo se complica para o Brasil.
Jardine muda esquema e testa time sem 9 fixo. Pepê fecha o placar
Com a vitória encaminhada, Jardine resolveu fazer testes no time. Ele tirou Matheus Cunha e colocou Igor Gomes no meio, com Reinier como falso 9. Pepê também entrou no lugar de Paulinho. Quando a Bolívia fez o terceiro, e o treinador resolveu reforçar a sua marcação com Bruno Fuchs no lugar de Reinier. Com a formação mais defensiva, o Brasil aproveitou um contra-ataque já nos acréscimos da segunda etapa e garantiu a tensa vitória com Pepê, que fez o quinto.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 5 X 3 BOLÍVIA
Data: 28 de janeiro de 2020, terça-feira
Horário: 22h30 (de Brasília)
Local: Estádio Centenário de Armênia, na Colômbia
Gols: Antony (3'/1ºT), Matheus Cunha (15'/1ºT), Abrego (20'/1ºT), Guga (38'/1º), Reinier (15'/2ºT), Abrego (25'/2ºT), Reyes (34'/2ºT), Pepê (50'/2ºT)
Brasil: Ivan; Guga, Nino, Bambu e Caio Henrique; Bruno Guimarães, Matheus Henrique e Reinier (Bruno Fuchs); Antony, Paulinho (Pepê) e Matheus Cunha (Igor Gomes)
Técnico: André Jardine
Bolívia: Rubén Cordano; Jairo Quinteros, José Carrasco, Sebastián Reyes, Roberto Fernández; Antonio Bustamante, Sánchez (García), Moisés Villarroel (Vilarroel),; Bruno Miranda (Saldias), Henry Vaca, Victor Abrego.
Técnico: Cesar Farias
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