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Renata Fan responde críticas por foto de biquíni: "Vou continuar brincando"

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/01/2020 13h10Atualizada em 29/01/2020 15h00

Criticada por postar uma foto de biquíni em suas redes sociais após a conquista da Copa São Paulo pelo Internacional sobre o Grêmio, Renata Fan aproveitou o Jogo Aberto desta quarta-feira para falar sobre o assunto. Recordando sua trajetória profissional, assim como o prêmio de Miss Brasil em 1999, a apresentadora afirmou que 'a estética nunca atrapalhou seu trabalho' como jornalista.

Negando qualquer relação da brincadeira da última semana com machismo, a apresentadora afirmou não se importar 'que os homens a admirem pelo aspecto físico', já que isso é um 'acessório' em sua carreira, não o principal. Além disso, a apresentadora, contrariando a própria postagem no Instagram, se comprometeu a manter a foto na rede social.

"Eu só queria pedir licença ao telespectador, porque dificilmente eu trago assuntos externos para o programa. Quem acompanha o Jogo Aberto, desde a chegada do Denílson,(sabe que) a gente brinca muito, a gente faz coisas aqui que o telespectador também faz como torcedor, não é? Se o futebol veio para a minha vida, ele veio como uma torcedora fanática, alucinada, que vai além dos limites. O problema é que na semana passada eu disse que se o Inter ganhasse a Copinha, e, como torcedora, eu não ganho um título desde 2016, eu postaria uma foto de biquíni. E isso é uma coisa que a gente faz o tempo inteiro aqui no programa, só que alguns portais importantes transformaram isso numa história de machismo, que é um absurdo", começou a loira, recordando a promessa feita na última sexta-feira.

"Eu vou dizer, como mulher, quando eu vi colegas que eu admiro, que apresentavam o principal jornal do Brasil, o Jornal Nacional da Rede Globo, eu vi a Patrícia Poeta de biquíni toda hora, vi a Fátima Bernardes na Globo dançando funk, e acho que elas têm todo o direito, porque elas são consagradas, respeitadas, fazem um trabalho lindo. Eu estou há 13 anos no Jogo Aberto ininterruptamente, falando duas horas ao vivo, tendo um espaço que nenhuma mulher até hoje teve em TV aberta no país, trabalhando com a maioria masculina, que me respeita, que brinca, me admira e me trata de igual para igual. Eu não quero ser melhor que os homens ou estar numa posição diferente. Eu quero que os homens me admirem", completou.

A apresentadora ainda minimizou as cornetas em relação ao uso de Photoshop na fotografia, recordou sua experiência como Miss Brasil e afirmou ser 'muito mais reconhecida' por seu trabalho do que por sua beleza. Por fim, Fan avisou que as brincadeiras seguirão no programa da Bandeirantes e pediu para os críticos estudarem a sua história.

"Só que, de beleza, eu posso falar, porque a minha carreira começou como Miss Brasil, como Miss Rio Grande do Sul. Eu autorizei que pessoas me avaliassem, me julgassem, fui para um concurso de beleza e passei por isso. Então, de estética eu entendo. E postar uma foto de biquíni, se quiserem falar que a foto está mexida, que eu não sou assim... Não tem problema, cada um faz o que quiser. Mas, eu tenho legitimidade na área estética, e a estética nunca atrapalhou o meu trabalho e nunca vai atrapalhar. Eu não tenho problema que os homens me olhem e me admirem pelo aspecto físico. Isso é um elogio. Isso nunca atrapalhou a minha carreira, pelo contrário, sempre foi um acessório, não o principal. A minha carreira é mais importante do que a minha vida pessoal, e quem me conhece sabe disso. Eu sou muito mais reconhecida pelo meu trabalho, por ser uma torcedora, por ser uma jornalista", disse a apresentadora.

Não vou tirar a foto, pelo contrário, ela vai permanecer no meu Instagram, e quero agradecer porque a foto teve um milhão 52 mil 375 curtidas, e curtidas são corações, são sentimentos que as pessoas passam, e aprovação. Eu adoro o meu trabalho, minha postura profissional e vou continuar brincando, vou continuar fazendo isso, e quem pensa que é machismo, não me conhece, não conhece o Jogo Aberto, e tem que estudar um pouquinho a minha história", concluiu.