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Seleção, comissão e até imprensa sofrem com 'piriri' no Pré-Olímpico

Matheus Cunha foi uma das vítimas do surto que atingiu diversas pessoas na Colômbia - Lucas Figueiredo/CBF
Matheus Cunha foi uma das vítimas do surto que atingiu diversas pessoas na Colômbia Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri

Do UOL, em Armênia (Colômbia)

29/01/2020 12h00

Um surto de diarreia e vômito atingiu diversas pessoas da delegação brasileira que está na Colômbia para a disputa do Pré-Olímpico, que vale vaga em Tóquio-2020. Vários atletas da seleção, membros da comissão e até jornalistas sofreram nos últimos dias com o popularmente chamado "piriri".

A causa é desconhecida, mas especula-se que uma virose tenha contaminado nos últimos dias aqueles que vivem no ambiente de trabalho do time comandado por André Jardine. Os atletas têm uma dieta rígida e controlada, o que, em tese, afastaria a possibilidade de problemas com a alimentação.

Os que tiveram um efeito pior chegaram até a vomitar e ter um princípio de febre. Bruno Guimarães, por exemplo, chegou perto de não atuar contra a Bolívia no jogo de ontem (28).

"Vomitei cinco vezes à noite. Tive diarreia e dor de barriga. Foi jogo difícil, mas eu queria muito estar em campo. Agradeço ao Jardine por ter me ouvido e me ter dado minutos. Me senti bem, só no final que o corpo estava mole. Na comissão também tem muita gente mal, não sei o que é isso. Mas não estava 100%, não", afirmou o atleta recentemente vendido ao Lyon.

Outros atletas também tiveram problemas parecidos. Guga, lateral do Atlético-MG, e Matheus Cunha, centroavante do RB Leipzig, tiveram atendimento médico. O atacante, que perdeu o primeiro jogo por fortes dores de cabeça, relatou os sintomas.

"No começo, também me senti mal, no jogo contra o Uruguai não consegui dormir o dia todo. Estava meio com ânsia. Aí tomei alguns remédios e consegui jogar. Acredito que os outros que estão [desse jeito] vão conseguir se recuperar. Espero que todo mundo esteja bem e o Brasil siga a cada dia melhor", explicou.

Apesar da preocupação, nenhum atleta precisou ser cortado dos jogos. Todos devem estar à disposição para o treino da tarde desta quarta-feira.

Entre membros da comissão, há quem passou dias indo com frequência ao banheiro. Entre os membros da imprensa, também houve necessidade de afastamento de profissionais para que voltassem a ter condições de trabalhar. O Brasil volta a jogar na próxima sexta-feira, já classificado para o quadrangular final, diante do Paraguai.