Federação Paranaense cobrou por antidoping não realizado; clubes reclamam
A decisão da Federação Paranaense de Futebol de retirar o exame antidoping dos jogos do campeonato estadual para reduzir custos não se refletiu em economia para os clubes. Borderôs das três primeiras rodadas mostram que, apesar de justificar a falta de controle de dopagem por redução de custos, a FPF manteve a taxa de 1% que é cobrada das agremiações.
Questionados pela reportagem do UOL Esporte, cartolas de clubes paranaenses foram pegos de surpresa com a informação.
"Eu não estou sabendo desse assunto, mas não deveria tirar [a realização do exame]. Vai abrir precedente, pode fazer uma grande diferença dentro de campo. Não deveria tirar, deve continuar, não onera tanto aos clubes", afirmou Álvaro Goes, presidente do Operário.
Representantes dos clubes alegam que o assunto não foi debatido no arbitral do Campeonato Paranaense. Daí a surpresa pela mudança. A reportagem procurou todas as agremiações para confirmar que não houve nenhum exame antidoping nas rodadas iniciais. O presidente do Coritiba preferiu não conceder entrevista, mas já no duelo do fim de semana com o Paraná a FPF não cobrou a taxa de 1%. O mesmo ocorreu em Operário x Rio Branco, PSTC x Toledo, FC Cascavel x Recreativo Cascavel e Athletico Paranaense x Londrina.
No entanto, a taxa foi cobrada na partida Cianorte x União e em todos os jogos das duas primeiras rodadas, fazendo com que a federação arrecadasse um total de R$ 10.107,88 com as taxas. O custo de um exame antidoping pode variar entre R$ 2,5 e 7 mil, conforme a demanda.
Procurada, a FPF não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre a situação.
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