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Campeão da Copinha... e do Mundo: Lúcio dá dicas para jovens do Inter

Lúcio ao lado da camisa do título da Copa do Mundo com a seleção brasileira - Marinho Saldanha/UOL
Lúcio ao lado da camisa do título da Copa do Mundo com a seleção brasileira Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

01/02/2020 12h00

O Internacional subiu ao time principal, na última quinta-feira (30), três jogadores campeões da Copa São Paulo. Praxedes, Carlos Eduardo e Thiago Barbosa foram integrados ao elenco que já contava com Pedro Henrique, que participou de parte da competição. Campeão do mesmo torneio em 1998, o ex-zagueiro Lúcio deu dicas a eles para boa adaptação.

"Eu acho que foi uma etapa importante, que marca a carreira de todos que estavam ali o título da Copa São Paulo. Mas vejo como oportunidade. Não é garantido que um jogador que ganhou a Copinha ou teve um bom desempenho terá uma carreira longa nos principais clubes. Eles têm que encarar como oportunidade, foi um passo importante, mas só deu essa visibilidade maior agora, ou despertar interesse de outros clubes. É somente o início. Não podem achar que por ser campeões terão o futuro garantido. Devem abraçar com todas as forças e lutar pelo seu espaço. O time principal é bem diferente, a cobrança é diferente, ritmo diferente. Então, tem que aproveitar a chance e se adaptar", disse ao UOL Esporte.

Subir em grupo pode ser uma boa. Quando teve as primeiras chances no principal, o zagueiro lembra que esteve acompanhado por colegas, o que acontece agora novamente.

"Ajuda subir com colegas, mas não é o principal. O principal é o desempenho, é isso que interessa o time principal e o clube. Além de cada um a ter seu espaço e destaque. Eles têm que corresponder às expectativas do treinador e entrar no ritmo para acompanhar os profissionais", opinou.

Lúcio guarda relíquias da Copa São Paulo de 1998 pelo Inter - Marinho Saldanha/UOL - Marinho Saldanha/UOL
Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Foi em 1998 que Lúcio conquistou a Copa São Paulo. Depois vieram as primeiras chances no grupo principal comandado por Celso Roth. Não demorou para ele se firmar na equipe titular e garantir projeção na carreira atuando em Porto Alegre.

"Eu lembro que o Dudu, o preparador físico, que é um grande amigo meu e trabalha hoje com Mano Menezes, foi no juniores me buscar e brincou, disse para eu me acostumar que seria o caminho da roça, iria mais vezes. Fiquei feliz, grato. Foi muito bom. Era um momento de nervosismo, ansiedade, e fiquei feliz de ser bem recebido pelo treinador e companheiros e ter me adaptado bem", explicou.

O respeito aos mais velhos e superar a ansiedade são os fatores preponderantes, na avaliação dele, para o sucesso dos garotos.

"Dá uma ansiedade, mas tem que ter um certo respeito. Isso não quer dizer que não tenha oportunidade ou o direito de lutar por seu espaço, pelo seu futebol. Tem que ter respeito por quem está ali há mais tempo, são mais experientes, e conselhos deles são válidos demais. Isso me ajudou muito. Quando subi, aconteceu isso, eu tinha um respeito muito grande por todos que estavam ali há mais tempo. Tive que lutar pelo meu espaço. Dentro do campo são 11 contra 11 e é o momento, com lealdade e trabalho, mostrar seu futebol e conquistar espaço", finalizou.

O Colorado encara o Ypiranga hoje (1º) no estádio Colosso da Lagoa. Com time reserva, alguns dos jovens da Copinha podem ficar ao menos como opções no banco.

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