Jogo com reservas faz Jardine pensar em mudar Brasil para o quadrangular
André Jardine conseguiu o que queria: a chamada "dor de cabeça boa". O treinador da seleção brasileira aprovou o desempenho dos reservas na virada por 2 a 1 diante do Paraguai, na última sexta-feira, e indicou que pode fazer mudanças no time para o quadrangular final.
O Brasil enfrenta a Colômbia, dona da casa, na próxima segunda-feira, e tem só mais dois dias de treinamento para definir a equipe que vai entrar em campo. Depois, os adversários serão o Uruguai e a Argentina. Os dois melhores vão para Tóquio-2020.
O principal destaque do triunfo diante dos paraguaios foi Pepê, que fez mais um gol e se transformou em artilheiro da competição, com três tentos. Ele concorre por espaço com Antony e Paulinho entre os titulares.
"Era um jogo importantíssimo para avaliar os atletas em jogo oficial, porque era jogo valendo, com o Paraguai jogando a vida na competição. Isso transformou o jogo em uma excelente oportunidade de avaliar o rendimento de todos. O treinamento é uma coisa, o jogo é outro. Agora, a gente tem subsídio para avaliar e comparar e, sem dúvida, vamos premiar os atletas que vivem o melhor momento, que apresentaram o melhor desempenho. Esse é o papel do treinador e tentar ser justo possível para ter a equipe mais forte possível", afirmou o técnico.
Além de Pepê, o principal setor que está sob observação é o da defesa. Robson Bambu foi um dos mais questionados pelo seu desempenho diante da Bolívia. Contra o Paraguai, os zagueiros foram Bruno Fuchs e Ricardo Graça. Eles mostraram algumas dificuldades, especialmente em ritmo de jogo, mas apresentaram uma melhor na saída de jogo.
Outra dúvida é a situação de Pedrinho. O meio-campista teve uma lesão na coxa esquerda e não atuou nas duas últimas partidas. Na sexta-feira, ele não fez nem mesmo o aquecimento com o grupo. A alternativa é escalar Reinier, que também ficou no banco contra o Paraguai.
"O Pedrinho está praticamente sem sentir nada e temos esse cuidado para tê-lo 100% no quadrangular final. O Reinier é uma alternativa, mas, contra o Paraguai, se a gente o colocasse ao lado do Igor Gomes o meio ia ficar muito leve. Ele também sentiu um pouco de dor no joelho, o que facilitou a decisão para poupar", completou o treinador.
O Brasil viaja neste sábado para Bucaramanga, onde ficará até o próximo dia 9, em busca da vaga olímpica. Serão três rodadas duplas, com promessa de arquibancadas lotadas.
"Entramos em um quadrangular fortíssimo, de altíssimo nível. Os times têm história e tradição. A Colômbia como local, que fica ainda mais poderosa, a Argentina como time impecável até agora, e o Uruguai é sempre aquela equipe que cresce, tem tradição, história, muita raça, muita camisa. Serão grandes jogos. Quem se sentar para assistir vai ser premiado sempre com jogos tensos e equilibrados", finalizou.
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