PSG vê Cavani repetir Neymar no mercado, mas torcida reage de modo oposto
Ao ver Edinson Cavani tentar se transferir para o Atlético de Madri, a diretoria do Paris Saint-Germain repetiu o que tinha feito com Neymar no início da temporada e segurou o uruguaio. Mas a torcida tratou os dois casos de maneiras praticamente opostas. Os dois jogadores tentaram deixar o clube e ficaram afastados de partidas enquanto negociavam, mas acabaram permanecendo. Nesse sábado (1º), o centroavante voltou a jogar e foi ovacionado no Parque dos Príncipes durante a goleada 0 sobre o Montpellier, em uma reação bem diferente das vaias recebidas pelo brasileiro há cinco meses.
A idolatria da torcida por Cavani é tão grande que nem mesmo a tentativa de sair do clube abalou o seu prestígio. De volta ao time, ele teve a mesma habitual recepção calorosa. O camisa nove começou a partida no banco de reservas e entrou em campo aos 24 minutos do segundo tempo, substituindo o meia espanhol Pablo Sarabia. Neste momento, teve seu nome gritado com bastante força por todo o estádio. Aos 44 minutos, os torcedores fizeram grande festa e cantaram a música de Edinson Cavani ainda mais forte quando ele balançou as redes após cruzamento de Di María, mas o árbitro consultou o VAR e anulou o que seria o sexto gol do PSG, para frustração do atacante.
Maior ídolo atual do PSG, Cavani tem contrato com o clube apenas até junho e não deve renovar. Nas últimas semanas, ele negociou a ida para o Atlético de Madri e se acertou com o clube espanhol. Porém, os parisienses não aceitaram a proposta que chegou e queriam cerca de 20 milhões de euros (R$ 95 milhões, na cotação atual) para liberá-lo nesta janela de transferências, que se fechou na sexta-feira.
Cavani ficou cinco jogos afastado da equipe, apenas treinando. A última vez que ele havia entrado em campo foi no dia 12 de janeiro, nos minutos finais de empate com o Monaco. Nesta temporada, ele perdeu a sua vaga de titular para o argentino Mauro Icardi, que foi contratado junto à Inter de Milão. O uruguaio atuou em 15 partidas e começando apenas seis em campo. Marcou cinco gols desde agosto.
A situação de Cavani mercado da bola foi idêntica à vivida por Neymar no último verão europeu. O camisa 10 também manifestou o seu desejo de sair do clube francês. Negociou com o Barcelona e ficou sem atuar pelo time no período, mas também não foi liberado pela diretoria. Quando voltou a jogar, o brasileiro não foi tão bem recebido quanto o uruguaio. Foi bastante vaiado pelos torcedores do próprio time, recebeu xingamentos e viu faixas contra ele nas arquibancadas do Parque dos Príncipes durante vitória sobre o Strasbourg, no dia 14 de setembro, quando fez um golaço e decidiu o jogo nos acréscimos.
A reação da torcida se repetiu por algumas partidas, mas foi diminuindo aos poucos. Com boas atuações, Neymar já é aplaudido novamente por quase todo o estádio. No entanto, o setor dos Ultras, a principal torcida organizada do PSG, até hoje ainda não voltou a cantar a música com o nome do camisa 10. A mágoa com o brasileiro não se repetiu com Cavani, que neste sábado foi ovacionado.
"Todo mundo conhece o Edi [Cavani], e não podemos apagar tudo o que ele fez nos últimos anos pelo clube. É o maior artilheiro da história do PSG. Estamos todos com ele. É por isso que os torcedores também estão com ele. É um cara honesto, e estamos felizes que ele tenha ficado até o fim da temporada", disse o zagueiro francês Presnel Kimpempe, que foi questionado sobre o assunto na zona mista.
Prestes a completar 33 anos de idade, Cavani está disputando a sua sétima temporada pelo PSG. Chegou no meio de 2013, quando foi vendido pelo Napoli ao clube francês. O uruguaio é o maior artilheiro da história do clube francês, com 198 gols marcados, e superou o sueco Zlatan Ibrahimovic, que fez 156.
Depois de golear o Montpellier, o PSG chegou aos 55 pontos e segue líder com folga no Campeonato Francês. O time volta a campo pela 23ª rodada amanhã, contra o Nantes, fora de casa.
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