Flu é denunciado por gritos de "Time de Assassino" em jogo contra Flamengo
O Fluminense foi denunciado pelos cânticos de "Time de Assassino", gritos dirigidos por parte da torcida tricolor durante a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo.
No entendimento da procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD), a ofensa (alusiva ao incêndio no Ninho do Urubu) "desrespeita frontalmente as vítimas, seus parentes e o clube adversário, o que agrava a infração". O Flu foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva ("praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência).
De acordo com o código, "caso a infração prevista neste artigo seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva, esta também será punida com a perda do numero de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida".
A pena de multa de R$ 100 até R$ 100 mil "poderá ser aplicada à entidade de prática desportiva cuja torcida praticar os atos discriminatórios nele tipificados, e os torcedores identificados ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva pelo prazo mínimo de setecentos e vinte dias".
"A possibilidade de perda de pontos em casos como estes, pelo menos nesse início de reeducação das torcidas, é muito remota. O momento não é o de ficarmos apontando o dedo uns para os outros e mostrar quando fomos vítimas ou agressores e sim, de conscientização geral. Não existe mais espaço para cânticos ofensivos de nenhuma espécie e os torcedores de todos os clubes precisam ser reeducados com o mínimo de judicialização", disse Marcelo Jucá, presidente do TJD, em entrevista ao UOL Esporte.
Os gritos caíram muito mal entre os integrantes da cúpula rubro-negra, que aguardaram a ação do procurador André Valentim antes de tomar uma posição oficial.
O Flu emitiu uma nota de repúdio, o que acalmou os ânimos na Gávea. Mas os tricolores terão de responder judicialmente pelo fato. A dupla é parceira comercial na gestão do Maracanã e a relação nos bastidores é cordial.
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