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Por que Diniz acha que São Paulo sofre para matar jogos e vencer "de boa"

Jogadores do São Paulo comemoram gol contra a Ferroviária em Araraquara, na terceira rodada do Paulistão - Thiago Calil/AGIF
Jogadores do São Paulo comemoram gol contra a Ferroviária em Araraquara, na terceira rodada do Paulistão Imagem: Thiago Calil/AGIF

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

03/02/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Desde o ano passado, São Paulo tem dificuldade para matar os jogos
  • Time não consegue ampliar o placar e ter partidas mais tranquilas
  • Fernando Diniz coloca isso como fruto de falta de confiança
  • Técnico incentiva os jogadores a arriscarem mais
  • Tornar o time mais veloz no segundo tempo é visto como solução

Há algo que preocupa Fernando Diniz no São Paulo mesmo com a invencibilidade no Campeonato Paulista. O técnico entende que ainda é preciso construir vitórias mais seguras, sem dar chances a acidentes ou reações dos adversários. E mais. Diniz já tem uma ideia sobre o que causa essa dificuldade para matar os jogos: a falta de confiança.

Após a vitória sobre a Ferroviária na quarta-feira da semana passada, o comandante tricolor expôs essa visão. Ele a vê exemplificada na quantidade de gols perdidos e, consequentemente, na pressão que a equipe de Araraquara conseguiu exercer nos minutos finais - o empate não saiu por centímetros em uma finalização dos adversários nos acréscimos.

"Não estamos conseguindo aproveitar as inúmeras oportunidades de gols que estamos criando. Isso dificulta porque a confiança começa a ir embora, a margem de erro fica muito baixa", apontou Diniz.

Hoje, às 20h, o São Paulo terá uma nova chance para mostrar que consegue vencer uma partida "de boa", embora a campanha do Novorizontino, também invicto e com a defesa intacta, sugira um adversário mais complicado. O técnico tem dito que direcionou a pré-temporada para melhorar a saída de bola entre os defensores e que só agora, com o Paulistão em andamento, começa a fazer ajustes no terço final do campo.

Essa melhora é vista como essencial por Diniz para tornar as vitórias menos sofridas. Ele ainda vê o time alargando pouco a marcação rival, mesmo que a média de finalizações no Estadual já supere a do Brasileirão de 2019 - 17,3, contra 12,7.

Outro ponto a evoluir é a agressividade na segunda etapa dos jogos. Conforme o tempo passa e a vantagem no placar não aumenta ou não aparece, como contra o Palmeiras, o São Paulo tem se retraído e diminuído a velocidade de seus ataques. Parece haver um excesso de cuidado para não tropeçar.

"Isso vai muito do clima e do campo também. Contra o Palmeiras estava muito quente, o campo seco, e a bola acabava travando. Contra a Ferroviária impusemos o ritmo mesmo saindo atrás no placar. Criamos muitas chances e mostra que temos força para reverter situações", ponderou Vitor Bueno.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO x NOVORIZONTINO

Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 3 de fevereiro de 2020, às 20h
Arbitragem: Flávio Roberto Mineiro Ribeiro
Assistentes: Vitor Carmona Metestaine e Enderson Emanoel Turbiani da Silva
Transmissão: Premiere (pela TV e pela internet)

São Paulo: Tiago Volpi, Juanfran, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves e Hernanes; Alexandre Pato, Vitor Bueno e Pablo. Técnico: Fernando Diniz.

Novorizontino: Oliveira, Celsinho, Everton Sena, Bruno Aguiar e Paulinho; Adilson Goiano, João Pedro e Higor Leite; Cléo Silva, Felipe Marques e Thiago Ribeiro. Técnico: Roberto Fonseca.

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