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Com seleção pressionada, Jardine vê "erros naturais" no setor defensivo

Jardine pensa em como dar estabilidade para a sua defesa - Lucas Figueiredo/CBF
Jardine pensa em como dar estabilidade para a sua defesa Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri

Do UOL, em Bucaramanga (Colômbia)

04/02/2020 04h00

André Jardine fez mudanças no seu sistema defensivo, mas, ainda assim, viu seus jogadores da parte de trás do campo com atuações irregulares. Diante da Colômbia, no empate por 1 a 1, na estreia do quadrangular final do Pré-Olímpico, o técnico promoveu três trocas entre os titulares, mas não obteve a segurança desejada, apesar de uma melhora na distribuição da bola.

Agora, o time tem a obrigação de vencer o Uruguai na próxima quinta-feira para se manter com boas chances de classificação e não depender de resultados na última rodada.

Até mesmo a imprensa colombiana notou a dificuldade do Brasil na marcação e questionou o comandante durante a sua coletiva de imprensa. No gol colombiano, Nino não conseguiu cortar o cruzamento, Bruno Fuchs não alcançou a bola para afastar, e Iago não saiu do chão para a disputa com o autor do gol. O comandante disse que vê os erros como naturais.

"Quero assistir de novo, mas foi um cruzamento muito bem feito, no espaço entre o Iago e o Bruno Fuchs. O ponta entrou muito rápido. O Iago deveria ter saltado, mas não consigo ser taxativo sem ver o replay. Mas precisamos destacar os méritos dos colombianos", afirmou o treinador.

"A verdade é que a gente teve muita baixa no sistema defensivo, de jogadores que vinham sendo convocados em partidas anteriores. Estou com alguns atletas buscando experiência maior com a camisa da seleção, então vejo os erros como naturais, porque é justamente no jogo que você vai dar experiência e fazer ele acertar. Não temos que lamentar pelos nossos zagueiros, mas trabalhar e corrigir erros, porque eles são grandes jogadores que têm futuro dentro e fora da seleção", completou.

A seleção perdeu nomes importantes para a competição que vale vaga em Tóquio-2020 por conta da falta da liberação dos clubes europeus, uma vez que este torneio não é disputado em uma data-Fifa. Emerson, do Betis, Ayrton Lucas, do Spartak, Gabriel, do Lille, Ibañez, do Atalanta, foram chamados, mas, depois, cortados. Walce, do São Paulo, se lesionou. Lyanco, do Bologna, Luiz Felipe, da Lazio, e Renan Lodi, do Atlético de Madri, eram desejos de Jardine, mas ficaram nem foram convocados porque os clubes já avisaram que não liberariam.

O treinador trabalha exaustivamente a sua defesa, mas ainda não conseguiu dar a segurança necessária. No quadrangular, ele promoveu três trocas em busca do equilíbrio ideal, mas não obteve êxito total.

"Eu troquei o Guga porque ele teve uma indisposição estomacal bastante forte, com vômito, ficou muito debilitado. Não teria como jogar 90 minutos. Além disso, o Dodô foi bem contra o Paraguai. O Fuchs foi bem contra o Paraguai, um zagueiro que tenha uma saída de bola e vejo ele no mesmo nível do Bambu, que contra a Bolívia sentiu um pouco e teve erros na construção. Por isso era o momento de dar oportunidade. Já o Iago é um lateral de ofício mesmo em relação ao Caio Henrique, com mais experiência na função. O Iago defende muito bem", finalizou