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Como Tardelli foi de grande cobiça à 'berlinda do mercado' em um ano

Diego Tardelli (à direita) deixou o Grêmio em janeiro e está livre no mercado da bola - Pedro H. Tesch/AGIF
Diego Tardelli (à direita) deixou o Grêmio em janeiro e está livre no mercado da bola Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Jeremias Wernek e Thiago Fernandes

Do UOL, em Porto Alegre e Belo Horizonte

04/02/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Tardelli voltou ao Brasil, em janeiro de 2019, como uma grande contratação do Grêmio. Um ano mais tarde, ele não tem nem de perto a pompa de antes
  • Depois de uma temporada sem convencer - foram sete gols em 47 partidas -, o atacante teve o vínculo rescindido com os gaúchos
  • A China, onde defendeu o Shandong Luneng, deixou de ser uma possibilidade. Os clubes locais não tencionam investir novamente no atleta
  • Em que pese a falta de interesse do país, há também o receio de uma transferência para o local por causa dos casos recentes de coronavírus
  • No Brasil, não há tantos interessados. A remuneração, que poderia chegar a R$ 1,2 milhão, e o desempenho recente o deixaram desvalorizado
  • O Atlético-MG surge como opção, mas precisa resolver pendências: a rusga pública entre o jogador e o presidente e a redução dos vencimentos

Diego Tardelli voltou ao Brasil, em fevereiro de 2019, como uma grande contratação do Grêmio. Um ano mais tarde, ele não tem nem de perto a mesma pompa de antes, está sem contrato e ainda busca uma equipe no mercado da bola.

Depois de uma temporada sem convencer — foram sete gols em 47 partidas —, o atacante teve o vínculo rescindido com os gaúchos em 16 de janeiro passado. Desde então, recebeu sondagens, mas não avançou em relação às propostas.

A China, onde esteve por quatro anos defendendo o Shandong Luneng, deixou de ser uma possibilidade neste momento. Os clubes locais não tencionam investir novamente no atleta de 34 anos.

Em que pese a falta de interesse do país, uma pessoa ligada ao atleta revelou ao UOL Esporte que há o receio de seus familiares em uma transferência para o futebol local. Os casos recentes de coronavírus o deixam com receio de tentar uma volta à Ásia neste momento.

No futebol brasileiro, também não há muitos interessados. A remuneração de Diego Tardelli, que poderia chegar até R$ 1,2 milhão por mês no Grêmio, e o desempenho em Porto Alegre o deixaram como uma peça desvalorizada no Brasil.

O Atlético-MG surge como um dos únicos clubes disposto a contratá-lo. Os mineiros, porém, precisam solucionar duas situações. A primeira é uma rusga pública entre o jogador e o presidente Sérgio Sette Câmara. A segunda se refere aos vencimentos do atleta.

Diego Tardelli tinha salários elevados no Rio Grande do Sul. No entanto, o Galo não está disposto a pagar o montante que ele recebia para contratá-lo novamente. O clube tem teto salarial de R$ 500 mil mensais. Hoje, não há ninguém no elenco com vencimentos neste valor. O último foi Elias, que deixou o grupo em 31 de janeiro passado.

O futuro de Tardelli segue como uma incógnita. O atacante está livre no mercado da bola, mas ainda não recebeu uma proposta que o permita escolher onde atuar em 2020.