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Como Jardine tenta melhorar a defesa da seleção brasileira no Pré-Olímpico

Jardine tem tido a difícil missão de dar segurança a zaga brasileira no Pré-Olímpico - Lucas Figueiredo/CBF
Jardine tem tido a difícil missão de dar segurança a zaga brasileira no Pré-Olímpico Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri

Do UOL, em Bucaramanga (Colômbia)

06/02/2020 04h00

André Jardine tem trabalhado dia a dia por uma defesa da seleção brasileira mais segura. Hoje (6), o time tem mais um teste para mostrar que está cada vez mais próximo do objetivo do seu treinador. Diante do Uruguai, às 20h (de Brasília), o time entra em campo precisando vencer para não se complicar no quadrangular decisivo em busca de uma vaga em Tóquio-2020.

Depois de substituições na linha de quatro, o treinador viu sua equipe repetir problemas defensivos e só conseguiu empatar pelo bom chute de Matheus Cunha de longe. Além de treinos em campo especificamente com os defensores, o comandante tem apostado em conversas diárias com Bruno Fuchs, Nino, Robson Bambu e Ricardo Graça, além de Caio Henrique, Iago, Guga e Dodô, os laterais.

O comandante gosta sempre de lembrar que a falta de liberação dos clubes europeus prejudicou a formação da equipe, uma vez que nomes importantes como Lyanco, Ibañez, Renan Lodi e Emerson não puderam representar a seleção no Pré-Olímpico disputado na Colômbia. Por isso, a solução até aqui tem sido bastante conversa e orientação com vídeos.

"São pequenos ajustes. A gente está conhecendo os zagueiros aqui nesta competição. A não ser o Fuchs, os outros zagueiros são todos de uma primeira convocação. Estamos aprendendo, conhecendo e corrigindo de acordo com nosso ponto de vista porque eles treinam no clube, mas, o incentivo nosso é diferente porque cada treinador pensa de um jeito. Espero acrescentar e evoluir. É entrosamento e pequenos ajustes", afirmou o comandante.

Um fato que dificulta a adaptação dos atletas também é o estilo de jogo de construção desde a saída do tiro de meta. Jardine descarta mudar a identidade da equipe e, no dia a dia, insiste que goleiros e zagueiros saibam construir jogadas. Esse, aliás, foi o principal motivo para Fuchs ganhar a vaga entre os titulares.

"A identidade de time não se modifica. O Brasil é treinado para atacar de uma maneira consciente e organizada. Há variantes de adversários para adversários que a gente pode usar, uma movimentação ou um posicionamento de acordo com o adversário, mas a identidade é a mesma", completou.

Além dos vídeos, o treinador e seus auxiliares comandam, sempre que possível, atividades específicas de fundamento para seus zagueiros, com bastante gritos e orientações.

Na primeira fase, o Uruguai foi o adversário que apresentou menos dificuldades para o Brasil, que venceu por 3 a 1, com golaço de Pepê. Apesar disso, o discurso conjunto de treinador e atletas tem sido de respeitar ao máximo o adversário, sempre destacando a importância de um clássico.

Com um ponto, o Brasil precisa ganhar para se manter perto da Argentina, que é líder com três pontos e enfrenta a Colômbia também nesta quinta, mas às 22h30. Depois dessa partida, os brasileiros encaram justamente os argentinos na última rodada do quadrangular que só classifica o primeiro e o segundo para a Olimpíada de Tóquio.

FICHA TÉCNICA
BRASIL x URUGUAI

Data: 06 de fevereiro, quinta-feira
Horário: 20h (de Brasília)
Local: Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, Colômbia
Árbitro: Eber Aquino (Paraguai)
Assistentes: Juan Zorrilla e Dario Gaona (ambos do Paraguai)

BRASIL: Ivan; Guga, Bruno Fuchs, Nino e Iago; Matheus Henrique, Bruno Guimarães e Pedrinho; Antony, Paulinho e Matheus Cunha. Técnico: André Jardine

URUGUAI: Arruabarrena; José Luis Rodríguez, Santiago Bueno, Sebastián Cáceres, Maximiliano Aráujo, Facundo Waller, Nicolás Acevedo, Ginella, Sanabria, Diego Rossi, Juan Ignacio Ramírez. Técnico: Gustavo Ferreyra