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CEO do Fla revela restrição de hora para famílias de vítimas do Ninho

Reinaldo Belotti, CEO do Flamengo, esteve presente na CPI do Ninho do Urubu na Alerj - Vinícius Castro/UOL
Reinaldo Belotti, CEO do Flamengo, esteve presente na CPI do Ninho do Urubu na Alerj Imagem: Vinícius Castro/UOL

Leo Burlá*

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/02/2020 15h55

Presente na CPI que apura o incêndio no Ninho do Urubu, Reinaldo Belotti, CEO do Flamengo, disse que há uma restrição de horários para que as famílias das vítimas prestem suas homenagens amanhã (8), dia que marca um ano da tragédia.

Ele alegou que o time do Fla estará concentrado no CT para o jogo com o Madureira, pela Taça Guanabara, e disse que o espaço só estaria disponível após a saída do elenco.

"Nosso time principal fica lá até o jogo. Até 16h não dá para fazer nada no CT. Depois disso seria possível", disse ele.

A declaração causou indignação dos pais de Pablo, que estavam presentes na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Eles tinham a intenção de acender uma vela no local do incêndio.

"Não é possível que o Flamengo não entenda isso. É inaceitável isso. Quero deixar claro que é inaceitável. Esse é o tratamento que o Flamengo está dando para as famílias", disse a advogada Mariju Maciel, que alegou que as famílias irão embora do Rio antes disso.

A postura causou até um aparte do deputado Alexandre Knoploch, que pediu que o clube seja menos intransigente e permita a presença dos familiares que desejarem entrar no Ninho.

Voltou atrás

Após a repercussão negativa de sua decisão, Reinaldo Belotti voltou atrás e disse que não haveria mais a restrição e afirmou que a entrada estaria liberada a qualquer hora, desde que uma lista de presentes fosse enviada previamente.

*Atualizada às 16h40