Elenco do Fla se esquiva de polêmica, e Jesus rechaça "política" por Ninho
A morte de dez crianças queimadas em um incêndio no centro de treinamento Ninho do Urubu segue mexendo com o país. Neste sábado, a tragédia completou um ano e a torcida realizou uma série de homenagens antes e durante a vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Madureira.
Os dirigentes do Flamengo, no entanto, adotaram outra postura e não falam sobre o assunto. Essa atitude tem sido duramente criticada até mesmo pelos próprios torcedores do Rubro-negro - foram tratados como judas em manifestação antes da partida.
Jogadores e comissão técnica se esquivaram sobre essa situação. Eles mostram empatia com as famílias das vítimas, mas não comentam a forma como tudo vem sendo conduzido pelo clube.
"Obviamente que é uma coisa muito triste, mas também é muito lindo quando lutamos por eles. Obviamente também choramos por eles. Seria um sonho para eles estarem aqui com a gente. Uma coisa muito triste, mas a música que a torcida canta é muito linda e também motiva a gente", disse Gabigol.
O técnico Jorge Jesus também evitou o assunto diretamente, mas deixou escapar o que pensa pelas entrelinhas. O português lamentou que as famílias tenham sido barradas no Ninho na manhã deste sábado e pediu que a política fique de lado nesses momentos.
"Não posso responder porque penso que passa por questões jurídicas. Nada apaga o que aconteceu, o sentimento. As famílias podendo ir ou não... Queria dizer para toda comunicação: não façam disso uma arma política. Respeitem os meninos que faleceram e a dor deles", afirmou.
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