"Advogados criam barreiras", diz Landim sobre tragédia do Ninho
Um dia após a tragédia do Ninho do Urubu completar um ano, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo voltou a falar sobre as negociações com as famílias das vítimas e reclamou do papel dos advogados, que, segundo ele, criam barreiras para impedir a aproximação entre o clube e os familiares.
"Os advogados das vítimas colocam barreiras para que o Flamengo não se aproxime das vítimas. Eles endurecem a aproximação, dizendo que o clube é duro. E não deixa de ser uma estratégia de negociação. É óbvio que eles querem passar a visão de que o clube é duro, insensível. Uma das famílias que acertou com a gente saiu a público por iniciativa própria para dizer que o Flamengo a procurou, tratou muito bem. Mas essas coisas não são divulgadas. O assunto é muito delicado. Mas existirá sempre um grupo de pessoas interessadas em mostrar que o Flamengo é duro. As soluções são distintas. A gente estrutura de acordo com a necessidade de cada família. E, às vezes, fica difícil quando tem um advogado no meio. O Flamengo quer e está disposto a resolver isso. Mas o Flamengo não pode aceitar qualquer pedido absurdo que seja pedido ao Flamengo, este é o ponto", declarou o dirigente em entrevista ao No Mundo da Bola, da TV Brasil hoje (9).
O mandatário destacou as ações positivas que o Flamengo busca fazer em homenagem às vítimas e lamentou que o que gera mais interesse sejam as notícias negativas, como a falta de acordo com os familiares. Landim entende que as pessoas, neste caso, preferem olhar para o "copo meio vazio".
"As críticas são as mais diversas. Existe um inquérito feito pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público por três vezes. É um trabalho meticuloso feito pelas autoridades e o Flamengo sempre responde. A apuração da responsabilidade é feita pelas autoridades. É um assunto no qual a diretoria sempre põe atenção. Ontem tivemos uma festa no Maracanã organizada pelo Flamengo. Tivemos balões, camisetas, homenagens dos jogadores. Nós vamos pegar essas camisas e pedir para os jogadores autografarem e enviarem às famílias. Eu não vejo as pessoas olharem o copo meio cheio. Vejo sempre olharem o copo meio vazio, achando sempre que tem algo a mais para ser feito. E não deixa de ser verdade, porque em situações como esta, sempre vai ter algo a mais a ter feito", complementou.
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