Como Diego virou elo do Flamengo com familiares de vítimas do Ninho
A tragédia no Ninho do Urubu, que completou um ano ontem, é tratada sempre com muita lamentação e luto pelos jogadores do Flamengo. Mas um em especial faz questão de encará-la mais de perto: o meia Diego, que na época do incêndio tinha um sobrinho que era do sub-14 do clube e conhecia muito dos que morreram. Desde então, por imaginar que a dor poderia ser ainda mais próxima, se comprometeu a se tornar uma espécie de elo entre o elenco e as famílias das vítimas.
Ontem, por exemplo, Diego fez questão de enviar uma bíblia e uma camisa personalizada aos pais de Pablo, um dos dez meninos que morreram. O gesto de solidariedade, porém, está longe de ter sido uma novidade.
"Eu organizei realmente tudo isso aí. Não estive presente naquele momento (da entrega), porque estava concentrado, mas tenho mantido contato com eles. Eu quero que vocês (jornalistas) entendam que, desde que cheguei aqui, na posição que estou hoje, quero poder, em momentos como esse, me posicionar de forma positiva para que as pessoas se sintam representadas de alguma forma, e é o que tenho feito. De lá para cá, mantive contato com alguns familiares em muitos momentos, trocando mensagens ou pessoalmente", revelou o jogador.
Diego ressaltou que o fato de ter um sobrinho, na época, nas categorias de base do Flamengo o sensibilizou ainda mais:
"Meu sobrinho jogava no Flamengo naquela altura, poderia estar ali. Então me tocou muito essa situação. E eu sinto aqui dentro do clube que há essa preocupação de transmitir algo positivo. É o que vou fazer sempre que tiver oportunidade. Nada além disso".
Na avaliação do experiente jogador, os dez "Garotos do Ninho" servem como uma inspiração para o elenco e são sempre lembrados.
"É um assunto muito delicado. De alguma forma usaremos como inspiração esses garotos. Foi uma situação que mexeu com todos nós", disse Diego, que segundo um funcionário do clube, é o "porta-voz" do grupo.
Elenco e Jesus fogem de polêmica
Os jogadores e o técnico Jorge Jesus preferiram evitar polêmica diante das críticas à diretoria pela forma como trataram as famílias nas homenagens aos meninos ontem (8) no Ninho.
"Não posso responder porque penso que passa por questões jurídicas. Nada apaga o que aconteceu, o sentimento. As famílias podendo ir ou não... Queria dizer para toda comunicação: não façam disso uma arma política. Respeitem os meninos que faleceram e a dor deles", afirmou o técnico Jorge Jesus após a vitória do Flamengo sobre o Madureira ontem por 2 a 0.
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