Corinthians de T. Nunes troca encanto por dúvida e faz "final" sob pressão
Resumo da notícia
- Corinthians inicia a semana do duelo contra o Guaraní sob pressão da torcida e de desempenho.
- O revés contra a Inter de Limeira foi o segundo consecutivo do time.
- São 180min de futebol sem balançar as redes adversárias.
- Para passar do Guaraní, o Corinthians precisa de uma vitória por dois gols de diferença.
- Contra a Inter, um time pouco criativo cruzou 50 bolas, com apenas 12 delas chegando a um outro companheiro.
- O confronto diante dos paraguaios está marcado para quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), em Itaquera.
O encantamento resgatado pela exibição contra o Santos se esgotou, e o Corinthians vai para a primeira decisão da temporada sob pressão e cobranças. Este foi o sentimento na Arena Corinthians depois da derrota por 1 a 0 para a Inter de Limeira na tarde de ontem (09), a segunda consecutiva da equipe na temporada. Isso às vésperas do duelo da volta contra o Guaraní, do Paraguai, em Itaquera.
Diante dos paraguaios, o Corinthians luta para se manter vivo na Copa Libertadores da América. Derrotado por 1 a 0 em Assunção, o time de Tiago Nunes depende de um triunfo por dois gols de diferença para avançar à próxima etapa qualificatória do torneio sul-americana. A má notícia é que a produção ofensiva caiu.
O ataque corintiano de eficiência e de jogo agradável de jogos contra New York City-EUA, Botafogo-SP e Santos não apareceu nos últimos dois compromissos, diante de Guaraní e Inter de Limeira. São 180 minutos sem anotar gols e com o padrão de jogo longe do ideal.
O cenário de dúvidas é parecido ao da derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta e do empate por 1 a 1 com o Mirassol. O Corinthians que estava encantando em casa não apareceu diante da Inter, mesmo com uma escalação mais alternativa por parte de Tiago Nunes, com nomes como Mateus Vital, Madson e Gustagol.
Diante do clube de Limeira, por exemplo, o Corinthians apelou para o "chuveirinho". Foram 50 tentativas de cruzamentos durante o duelo, com apenas 12 delas chegando a um companheiro (24%).
A derrota para a Inter pela quinta rodada do Paulistão despertou cobrança do torcedor. O time saiu do gramado sob os gritos de "é quarta-feira, é quarta-feira", alusivos à decisão contra os paraguaios. A cobrança, contudo, não assusta, especialmente para quem está acostumado a jogar no clube.
"Cara, jogar no Corinthians sempre vai ter essa pressão. Estamos acostumados com isso. Hoje vieram, incentivaram os 90min e estão certos de cobrar. Temos que nos cobrar e melhorar, botar tudo em prática na quarta que não botamos hoje", afirmou o zagueiro Pedro Henrique, formado na base corintiana.
"Depois de 'é quarta', vai ser 'é sábado', que é o dia do jogo com o São Paulo. A torcida gritou e apoiou durante os 90min; ela aumentou o ritmo quando precisávamos. Eles nos empurraram e nos ajudaram. Ficamos gratos. É normal a cobrança pela classificação e vitória, mas tenho certeza que a torcida vai empurrar na quarta-feira", reforçou o experiente goleiro Cássio.
A falta de rendimento entrou na pauta dos próprios jogadores, que sabem o nível de exigência maior para o confronto diante do Guaraní. O Corinthians quer evitar ser o único clube brasileiro eliminado duas vezes na fase "pré-Libertadores". Em 2011, ainda sob o comando de Tite, o algoz foi o Tolima, da Colômbia.
"A gente não tem tempo para choramingar, é ver vídeo e ver onde podemos melhorar e crescer. Há algumas situações que estamos pecando e temos que evoluir e melhorar. Faz parte, mas estamos confiantes que vamos buscar a classificação na quarta-feira, diante da nossa torcida", afirmou Cássio.
A atuação de ontem (09), portanto, será encarada como uma lição. Os defeitos precisam ser corrigidos em poucos dias, antes de a equipe encarar o primeiro duelo decisivo do ano. Uma eliminação contra o Guaraní aumentaria ainda mais a pressão sob os comandados de Tiago Nunes.
"A gente tem que tomar como aprendizado essas derrotas para não cometer os erros. É esquecer e pensar na quarta. Se pensar no que passou, vai acabar influenciando", destacou Pedro Henrique, justamente uma das apostas do treinador e ao mesmo tempo um nome questionado pelos torcedores na equipe titular.
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