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Recém-contratados viram opções para suprir urgência de um "10" no Atlético

No último domingo, Dudamel mudou esquema tático e deu mais liberdade para Borrero tentar levar algo novo ao time - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
No último domingo, Dudamel mudou esquema tático e deu mais liberdade para Borrero tentar levar algo novo ao time Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

10/02/2020 04h00

A cada jogo que o Atlético-MG entra em campo, torna-se mais evidente a necessidade de ter um camisa 10. Atualmente, o principal organizador e cérebro do plantel é Juan Cazares, mas o equatoriano sequer estreou em 2020 (estava sendo negociado) e acaba de sofrer uma lesão que o deixará de molho pelos próximos compromissos. Com o time sem convencer em nenhuma partida até aqui, Dudamel já se vê obrigado a fazer apostas arriscadas, como utilizar o jovem Dylan Borrero na posição ou até (o também recém-contratado) Jefferson Savarino, que sequer ainda foi apresentado.

Na partida do último domingo (9), o Galo venceu a URT por 1 a 0, mas mostrou mais uma atuação fraca dentro das quatro linhas. A maior novidade no time de Dudamel foi a mudança no esquema tático, abandonando o 4-3-3 que já estava dando certo para entrar com um 4-2-3-1. Coube ao jovem Dylan Borrero ser esse jogador mais centralizado e responsável pela armação, enquanto Marquinhos e Edinho caíam pelas pontas.

Apesar da assistência para o gol de Di Santo, a situação de Borrero no Atlético ainda exige muita cautela, e isso faz parte até mesmo do discurso da diretoria e treinador. Tratado como joia, o garoto acabara de completar 18 anos e vive sua primeira experiência fora da Colômbia, seu país natal. Além disso, nas poucas vezes que atuou como profissional do Independiente Santa Fe, seu ex-clube, Borrero jogou pelos lados, seja na esquerda ou direita, mas não foi utilizado para ser esse criador na faixa central do campo.

A utilização de Borrero como meia armador diante da URT parece ter sido uma tentativa de fazer o time criar mais oportunidades de gol, já que o garoto chamou atenção em pouco tempo pela boa técnica e facilidade ao lidar com a bola. Mas para as partidas seguintes, a tendência é que Dudamel não repita sua escalação no setor. Mas o outro nome que poderá ser observado no meio também está cercado de desconfianças, pelo menos por não ter sido acompanhado de perto pelos atleticanos.

De acordo com Dudamel, o venezuelano Jefferson Savarino também poderá fazer a função de meia armador. O problema é que o recém-contratado ainda é uma incógnita no Atlético, sendo que só foi anunciado no último final de semana. Savarino ainda será apresentado oficialmente na Cidade do Galo nesta terça-feira. Polivalente, ele pode jogar tanto pelos lados quanto pelo meio. Contudo, o fato de ter jogado nos Estados Unidos (estava no Real Salt Lake) e de ter chegado somente nos últimos dias aumenta a incerteza sobre como ele se adaptar ao novo clube e contribuir com a carência mais urgente no momento atleticano.

Por fim, Dudamel ainda pode tentar outras peças que já estão no time desde o início do ano. Cada uma delas, porém, possui suas peculiaridades. O compatriota Otero já deixou o departamento médico, mas ainda não voltou a ser relacionado por opção do próprio treinador. O jovem Bruninho é uma das promessas que vieram da base, mas ainda não mostrou segurança o suficiente para estar entre os titulares. Por último, Hyoran também pode ser testado como armador, mas também não fez partidas animadoras (assim como o time) neste início de ano.

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