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Desempenho ruim do ataque liga sinal de alerta de Diniz no São Paulo

Fernando Diniz, técnico do São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF
Fernando Diniz, técnico do São Paulo Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

11/02/2020 04h00

Na derrota para o Santo André, o São Paulo sofreu mais uma vez para balançar as redes. A ineficiência do sistema ofensivo Tricolor paulista chama a atenção do técnico Fernando Diniz e dos torcedores. No ano passado, a equipe do Morumbi fechou a temporada com o seu pior ataque de sua história — 59 gols em 62 jogos disputados — média de 0,95 tento por duelo.

Para complicar ainda mais a situação, neste ano, os números são inferiores aos do time nas cinco primeiras rodadas do Campeonato Paulista. Até agora, a equipe balançou as redes em seis oportunidades no Estadual, já nos cinco primeiros duelos do torneio de 2019 foram oito gols.

O desempenho do ataque do São Paulo na gestão Fernando Diniz, entre setembro de 2019 e o início deste ano, também está longe de ser positivo. Em 22 partidas, foram anotados 22 tentos — vale destacar que está computado também a vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, no Brasileirão, quando Márcio Araújo sentou no banco de reservas no lugar do suspenso Diniz.

De acordo com o dados do historiador Alexandre Giesbrecht, entre quem dirigiu o time em mais de 20 duelos em uma única passagem — um universo de 68 treinadores —, ele só tem média superior às de Cuca, em 2019, com 24 gols em 26 jogos (0,92 gol por confronto); Mário Juliato (1979, com média de 0,97 gol); e Telê Santana (com 0,98 gol em 1973).

Os números do ataque do São Paulo com Diniz também são inferiores aos trabalhos dele no Athletico-PR, com 25 gols em 21 jogos (média de 1,19 gol); e no Fluminense, com 44 partidas e 71 gols marcados (média de 1,61 por duelo). Vale destacar que nestes clubes ele tinha um elenco com menos jogadores renomados do que no Tricolor paulista.

Tal situação não deixa o treinador tranquilo. "Claro que [o ataque] foi o ponto negativo do time de novo. Foram inúmeras chances criadas e a gente não conseguiu aproveitar. Temos de começar a fazer os gols para vencer os jogos e ter uma margem para uma falha ou outra. Estamos todos os jogos no limite. E não foi só esse jogo. Tirando o jogo contra o Palmeiras, nos outros jogos os goleiros foram os melhores contra o São Paulo. É uma coisa que precisa melhorar", disse o técnico após o duelo com o Santo André.

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